SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Após dez horas de uma espera, mais de 500 moradores atingidos pela enchente que aguardavam a entrega de senha para receberem o benefício emergencial foram informados que não seriam mais atendidos na entrada da escola municipal Mururés, no Jardim Helena, zona leste de São Paulo. O episódio terminou em confusão.

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Moradores estavam na fila para receber benefício da prefeitura. Cada família tem direito a R$ 1 mil no cartão de auxílio emergencial contra enchentes.

Moradores jogaram pedras e polícia respondeu com bombas e gás lacrimogêneo. Mesmo após serem informados pela guarda que não seriam atendidos, um grupo de moradores permaneceu em fila na frente da escola. Segundo eles, apenas 300 pessoas que haviam recebido senha no dia anterior foram atendidas.

Idosos e crianças na fila. Alguns moradores comiam marmita enquanto aguardavam. Procurada, a prefeitura ainda não se posicionou. Assim que houver manifestação, ela será incluída nesta reportagem.

"Eu moro com as minhas três filhas e perdi tudo. Aqui está todo mundo embaixo d'água. Prometeram, e agora estão se negando a fazer o cadastro das vítimas da enchente. Estão tratando os moradores com negligência e descaso", disse Silvana dos Santos, diarista.

"Tinha moradores aqui desde as 3h. A gente pegou chuva e sol. São idosos, crianças e até cadeirantes, mas a população não foi atendida. Perdemos tudo, e estamos pisando em água suja de esgoto", disse Alana Cristina Oliveira, desempregada.