Força-tarefa faz operação contra policiais civis de SP em ação contra rifas ilegais
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Policiais civis de São Paulo são alvos de operação nesta quinta-feira (12) contra a realização de rifas ilegais promovidas por meio do Instagram. Eles são suspeitos de cobrar propina de influenciadores para não concluírem investigações sobre os jogos ilegais.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Mauá, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos. Um investigador que atua no ABC foi preso.
A operação, batizada de Latus Actio II, busca reprimir crimes de corrupção ativa e passiva e a contravenção penal por exploração de jogos de azar, e é realizada pela Ficco (Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado) em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que a Corregedoria da Polícia Civil acompanha a operação e colabora com as investigações.
De acordo com a Polícia Federal, após a primeira fase da operação, realizada em março, "novas evidências coletadas no material apreendido permitiram constatar que policiais civis do estado de São Paulo teriam solicitado vantagem econômica indevida, propina, a produtores, empresários e cantores para, supostamente, não levar a termo investigações nas quais se apurava contravenção penal por exploração de jogos de azar, no caso rifas promovidas e divulgadas por artistas e influenciadores em suas redes sociais", afirmou.
Segundo a investigação, artistas e influenciadores que promoveram as rifas ilegais temiam que as investigações conduzidas pelos policiais civis investigados resultassem em ordens judiciais determinando o bloqueio, ainda que temporário, de suas contas/perfis no Instagram, e por esta razão teriam concordado em pagar as propinas, a fim de evitar prejuízos econômicos e de imagem.
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