Interesse por coronavírus nas redes cresce à medida que surto se ocidentaliza
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O mundo vive uma nova escalada de tensão nesta segunda-feira (27), após a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhecer erro e elevar avaliação de risco do coronavírus e do prefeito de Wuhan, na China, admitir ter escondido dados sobre o surto.
Com um salto de 40% no número de mortos e infectados pelo coronavírus chinês desde domingo (26), o mercado financeiro operou nesta segunda com aversão a risco. Bolsas despencaram e o dólar bateu R$ 4,23. Para investidores, o episódio fugiu do controle chinês e pode ter grandes impactos na economia.
O primeiro caso de coronavírus aconteceu na China, no último dia de 2019. Desde então, 81 pessoas morreram e 2.744 foram infectadas.
Nas redes, o interesse pelo assunto no Brasil é proporcional à ocidentalização da crise.
O primeiro pico nas buscas se dá na terça (21). É exatamente nesse dia que o primeiro caso de coronavírus nos EUA havia sido confirmado, em Washington. O paciente havia viajado para Wuhan, na China, há pouco tempo.
Segundo levantamento da Stilingue, empresa de monitoramento de redes sociais, houve cerca de 700 tuítes em português sobre o tema até as 19h daquela terça, a mesma quantidade de publicações que o assunto havia gerado até então no mês inteiro.
Na sexta (24), os EUA confirmaram o segundo caso de coronavírus chinês, uma mulher de Chicago na faixa dos 60 anos.
O interesse novamente explodiu no idioma português, ainda segundo a Stilingue. Só na sexta foram cerca de 4.800 publicações no Twitter, mais de três vezes o acumulado até o dia 21.
Foi também na semana passada que houve suspeitas, depois desmentidas, de possíveis casos no Brasil. Apenas essa ameaça pode ter contribuído para os números.
O Google Trends, ferramenta do Google que analisa tendências de buscas, traz o mesmo resultado. A partir do primeiro caso nos EUA que o gráfico cresce no Brasil.
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