Menino é baleado na perna no RJ, e pai diz que ele pode sofrer amputação
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um menino de 11 anos, baleado na perna esquerda na última quinta (21), em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, corre o risco de sofrer amputação, de acordo com o pai. A criança jogava futebol com amigos quando foi atingido por um disparo.
Ele passou por cirurgia e permanece internado em estado estável nesta sexta (22). Parentes afirmam que os tiros partiram de policiais militares. "Ele disse que os policiais saíram atirando. Ele tentou correr, mas caiu quando percebeu que tinha sido baleado", relatou o pai, Luciano da Rocha.
Ainda de acordo com o pai, o filho não percebeu sinais de confronto na região.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que houve troca de tiros com suspeitos. "Policiais militares do 15º BPM (Caxias) avistaram um veículo suspeito e os ocupantes atiraram nos policiais, houve confronto. Na ação um acusado foi ferido e socorrido ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, posteriormente vindo a óbito", disse.
"Após confronto, a Polícia Militar localizou e socorreu, à mesma unidade de saúde, uma criança de 11 anos. Um procedimento apuratório será instaurado pela corporação para analisar as circunstâncias da ocorrência. O fato foi registrado na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense", acrescentou a corporação.
A criança passou por cirurgia com as equipes de Ortopedia e Cirurgia Vascular e segue internado na emergência pediátrica, sob monitoramento de uma equipe multidisciplinar, de acordo com a unidade hospitalar.
Segundo Luciano, os médicos observarão a evolução do quadro nas próximas 48 horas para decidir sobre a necessidade de amputação. "Só podemos orar para que tudo dê certo e ele volte para casa com as duas pernas", afirmou.
Ainda de acordo com o pai, o filho sonha em ser goleiro profissional e teme que esse sonho não se concretize.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que os policiais envolvidos foram ouvidos, e as armas apreendidas passarão por perícia. "Diligências estão em andamento para identificar a origem do disparo que atingiu o garoto", afirmou a corporação.
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