Monotrilhos da linha 15-Prata começam a operar sem condutor em SP
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Neste último final de semana, os trens da linha 15-Prata do monotrilho de São Paulo começaram a funcionar totalmente automatizados, sem maquinistas a bordo.

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COMO O MONOTRILHO FUNCIONA SEM OPERADOR?
De acordo com o metrô, trata-se do mais alto nível de automação. Chamado de GoA4/UTO, o sistema já é utilizado em linhas modernas ao redor do mundo, como em Sidney e em Paris, e também na linha 4-Amarela, na capital paulista.
GoA4 reduz tempo de resposta do controle humano. Segundo a WSP, empresa canadense especializada em sistemas de transporte e automação, a tecnologia utiliza equipamentos a bordo e ao longo da via para trocar dados e realizar as seguintes funções:
Garantir movimento seguro;
Dirigir, acelerar e frear;
Operar portas dos trens e organizar transferência de passageiros;
Supervisionar a via e identificar obstáculos;
Detectar situações de emergência, como incêndios ou descarrilamentos.
Grupos industriais, como a Alstom, defendem a operação sem condutor. Segundo eles, a automatização pode fazer com que as linhas operem com mais trens, com maior previsibilidade e com custos mais baixos.
"Esse avanço tecnológico garante uma operação segura e eficiente, com sistemas redundantes que evitam falhas graves, seguindo o conceito de "falha segura". Isso significa que qualquer anormalidade é imediatamente detectada e controlada para impedir riscos", disse o metrô de São Paulo.
LINHA 15-PRATA SURGIU PARA SER AUTOMATIZADA
A transição está sendo feita de forma gradual. Nas primeiras semanas, a operação automatizada ocorrerá apenas aos finais de semana e, com o tempo, será ampliada para os horários durante os dias úteis de menor demanda. Ainda não há data definida para a implementação completa.
Linha 15-Prata foi projetada desde o início para ser automatizada, segundo o Metrô. Apesar da ausência dos maquinistas dentro das cabines dos veículos, as estações continuarão com equipes especializadas para dar suporte aos passageiros ou auxílio com necessidades técnicas.
Metrô afirmou que nenhum operador perderá o emprego. Segundo a Companhia, esses funcionários continuarão trabalhando na linha Prata, ou então, serão realocados de acordo com suas preferências ou necessidades operacionais.
O Sindicato dos Metroviários expressou preocupação com a segurança dos passageiros e com o futuro do Metrô. ''Tarcísio de Freitas quer tirar os operadores do monotrilho para cortar gastos, de forma a deixar a linha mais atrativa para a iniciativa privada numa futura concessão. Retirar o operador de um trem a 15m de altura é colocar a população em risco de vida'', escreveu nas redes sociais.

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