Moradores dizem que homem jogado de ponte por PM machucou a cabeça ao cair em córrego
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Moradores da região em que um homem foi jogado de uma ponte por um policial militar afirmam que o motoqueiro saiu vivo do córrego, que fica no bairro Vila Clara, do distrito de Cidade Ademar, na zona sul paulistana.
A ação ocorreu na rua Padre Antonio de Gouveia e foi flagrada em vídeo divulgado na noite de segunda-feira (2) pelo Jornal da Globo e pela GloboNews.
Uma mulher que presenciou o caso e não quis se identificar, afirmou à que o homem caiu na parte de concreto do córrego e saiu com a cabeça machucada, com a testa sangrando. Se tivesse batido a parte de trás da cabeça, tinha morrido, disse.
A Polícia Militar também afirmou, nesta terça-feira (3), que o homem estava vivo após a queda, mas que ainda não havia sido identificado.
Segundo os relatos de moradores, os policiais que perseguiam o rapaz também estavam de moto. Um dos agentes teria colidido de frente com o fugitivo quando ele tentou atravessar por dentro de um baile funk que ocorria no local.
O rapaz caiu no chão após a batida e começou a xingar o policial. Foi então, segundo os relatos, que um deles jogou o rapaz da ponte.
Em manifestação nas redes sociais manhã desta terça, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas disse que policial militar que "atira pelas costas" ou "chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte" não está à altura de usar a farda da corporação. Nas redes sociais, afirmou que os casos serão "investigados e rigorosamente punidos".
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, 13 policiais militares foram afastados das atividades por envolvimento com o caso.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também condenou a ação do policial militar flagrado arremessando o homem do alto da ponte. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele disse que lamentava o caso, mas afirmou se tratar de "ações isoladas".
"Ações isoladas como essa não podem denegrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bons serviços prestados para a nossa população no Estado de São Paulo. Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no Estado de São Paulo", afirmou.
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