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Obra em Balneário Camboriú reduz praia que foi alargada há 3 anos

Por Folha de São Paulo

27/09/2024 9h16 — em
Variedades



BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SC (FOLHAPRESS) - O primeiro trecho da obra de reurbanização da orla da Praia Central em Balneário Camboriú (SC) está praticamente concluído. Porém, um detalhe acabou chamando a atenção: o novo espaço avançou 15 metros sobre a areia, o que na prática fez encolher a faixa de praia para os banhistas.

A obra ocorre no mesmo lugar onde houve o alargamento da Praia Central, entregue em dezembro de 2021. Dos 25 metros de largura, a faixa de areia passou para 70 metros —em alguns pontos foi ainda maior, como no pontal Sul, onde depois houve "encolhimento" de 70 metros em razão do avanço do mar.

Agora, com a reurbanização da orla, a faixa de areia terá 55 metros de largura, segundo a FG, responsável pela obra do primeiro trecho de cerca de 230 metros de extensão entre as ruas 4400 e 4600. Após a entrega, ainda sem data definida, a a gestão do espaço ficará por conta do município. O projeto é assinado pelo arquiteto Índio da Costa.

Procurada, a prefeitura disse que a reurbanização da orla já era prevista no projeto inicial de alargamento da Praia Central. Afirmou ainda que a obra vai garantir proteção costeira para a cidade em época de ressaca.

Ainda segundo a gestão do prefeito Fabrício Oliveira (PL), não havia como avançar para a avenida Atlântica —via paralela à praia, que contém duas faixas para veículos e ainda uma ciclovia.

Já o IMA (Instituto do Meio Ambiente) afirmou em nota que o projeto de "alimentação artificial" da praia previa, além do alargamento, "a revitalização da orla, com a implantação de calçadão, ciclovia e pista de corrida, rampas de acesso à praia e recomposição vegetal".

Em junho de 2024, o instituto concedeu ao município de Balneário Camboriú a licença ambiental de instalação para a obra de reurbanização e de macrodrenagem.

"Dentre as obras de infraestrutura, estão listadas intervenções paisagísticas, com o objetivo inicial de recriar a vegetação típica do litoral, resgatando a faixa de restinga e introduzindo nova arborização com espécies típicas do litoral catarinense", disse o IMA, em nota.

A reurbanização da orla pretende criar um "parque linear" com mais espaço para pedestres e ciclistas e garantir opções de lazer com academias assistidas, playgrounds e dogparks, entre outros. Para a obra, a praia de sete quilômetros de extensão foi dividida em 18 lotes diferentes —o primeiro foi executado e bancado pela FG por meio de um acordo homologado pela Justiça.

A engenheira e gerente do projeto de reurbanização do lote executado pela FG, Stephane Domeneghini, entende que a reurbanização da orla é uma "transformação significativa para a cidade", no qual se busca "equilibrar desenvolvimento urbano com preservação ambiental e qualidade de vida para seus habitantes e visitantes".

"O projeto contempla um novo paisagismo, com plantio de árvores e vegetação, sempre priorizando espécies nativas que se adaptam muito melhor ao ambiente projetado, além de melhorias no sistema de iluminação pública, utilizando tecnologias mais eficientes e sustentáveis, como a iluminação LED", diz Domeneghini.

Pesquisas apontam que, após a reurbanização da orla, ocorra uma valorização dos imóveis de cerca de 30%. Hoje, Balneário Camboriú tem o metro quadrado mais caro do país, de R$ 13.502 segundo o último indicador Fipezap, divulgado em agosto deste ano. Na sequência aparecem as cidades vizinhas de Itapema (R$ 13.423 o metro quadrado) e Itajaí (R$ 11.574 o metro quadrado).


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