Olheiro de crime alegou ser usuário de drogas ao ser abordado com mil comprimidos
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apontado pela Polícia Civil como cúmplice de assassinato no aeroporto de Guarulhos, Kauê do Amaral Coelho alegou ser usuário de drogas ao ser detido com mil comprimidos de droga sintética durante abordagem policial, em agosto de 2022.
Na ocasião, ele dirigia sua moto por uma avenida na zona norte de São Paulo quando foi parado em uma blitz. Ao notarem nervosismo, os policiais o revistaram e encontraram 1.009 pílulas de tenanfetamina, droga conhecida como MDA.
Coelho é procurado pela Justiça acusado de ter participado como olheiro do assassinato de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, 38, morto a tiros no aeroporto internacional de Guarulhos no último dia 9.
De acordo com as investigações, ele acompanhou a movimentação da vítima e deu sinal aos atiradores quando Gritzbach acessou a parte externa do aeroporto. Ele chegou ao saguão da área de desembarque uma hora antes do pouso de Gritzbach e há uma imagem dele apontando em direção à vítima, segundo o Secretaria de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
O alvo dos tiros é conhecido como delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), e também apontado como pivô de desentendimentos entre integrantes da facção sobre investimentos em criptomoedas.
Em depoimento à polícia quando foi pego com a droga, há dois anos, o olheiro alegou ter comprado 500 gramas da droga por R$ 3.000 e afirmou usar cerca de 45 comprimidos por final de semana. Na época, ele morava com os pais e era sócio de um amigo em uma adega. Ele ficou cerca de seis meses detido preventivamente, e recebeu a sentença para cumprir medidas educativas.
A Justiça não o localizou e não há informações se ele cumpriu as medidas educativas.
Na época, o vício em drogas foi confirmado em depoimento por dois amigos e o dentista que o atendia que constatou o abuso da substância ao relatar desgaste intenso dos dentes. Não há informações se ele cumpriu as medidas educativas.
A força-tarefa criada para investigar a morte de Gritzbach ofereceu recompensa de R$ 50 mil para quem fornecer informações sobre o paradeiro do olheiro. O envolvimento de Coelho é a primeira acusação formal da polícia desde o crime, ocorrido há dez dias.
COMO DENUNCIAR
Quem tiver informações sobre Kauê pode entrar em contato no número 181. O denunciante será atendido por um telefonista e poderá fornecer tudo o que sabe para que a denúncia seja registrada. Não é preciso se identificar.
A outra forma é pela página do WebDenuncia. Basta entrar na página por meio deste link, clicar em denunciar e seguir o passo a passo. Ao final, o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da denúncia. As informações são verificadas por uma equipe e, caso seja comprovado que elas ajudaram na resolução do caso, a pessoa que forneceu é comunicada.
Para receber a recompensa, a tela do WebDenuncia mostrará um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques do valor em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem que haja a necessidade de identificação. A retirada pode ser feita de uma vez ou aos poucos, como um cartão bancário comum.
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