Polícia Civil do RJ faz operação contra braço financeiro do Comando Vermelho e mira R$ 6 bi em movimentação
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz operação nesta quinta-feira (10) contra as facções criminosas CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital) com objetivo de desarticular braço financeiro das organizações criminosas. Segundo o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, "essa é a maior investigação da história" da corporação.

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O Comando Vermelho movimentou, de acordo com a investigação, aproximadamente R$ 6 bilhões em apenas um ano, valor que representa o maior pedido de bloqueio patrimonial da história da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
De acordo com a investigação, o núcleo financeiro do CV tem ramificações em São Paulo, por intermédio do PCC. Para lavar dinheiro proveniente do tráfico, as organizações criminosas usam, conforme apurou a polícia, uma rede que inclui bancos digitais, fintechs, intermediadoras de pagamento ilegais, empresas de fachada e plataformas contábeis, tudo sem autorização do Banco Central.
"Esses recursos que viabilizam esse tipo de ação do Comando Vermelho, trazendo pânico. Com esse dinheiro que se compra armas, se corrompe", afirmou o secretário de segurança, Victor Santos.
Ao todo, 22 empresas são investigadas por suspeita de envolvimento no esquema. De acordo com o delegado Jefferson Ferreira, titular da Delegacia de Roubos e Furtos, uma perfumaria teria movimentado cerca de R$ 200 milhões e o banco digital utilizado pelos criminosos é o 4TBank, cujo um dos sócios teria ligação com membros do PCC, de acordo com a polícia.
A reportagem não localizou representantes do 4TBank no início da tarde desta quinta (10). A página do banco nas redes sociais foi retirada do ar.
A operação, batizada de Contenção, cumpre 46 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em cidades paulistas. O principal objetivo, segundo a polícia, é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa e frear o avanço do Comando Vermelho na zona oeste do Rio.
A operação é realizada pela DRF (Delegacia de Roubos e Furtos), com apoio da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), do DGPE (Departamento-Geral de Polícia Especializada), do DGCOR-LD (Departamento-Geral de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro) e da Polícia Civil de São Paulo.

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