Polícia faz operação no RJ contra suspeitos de serem matadores de aluguel
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizam, nesta quarta-feira (2), uma operação contra suspeitos de serem matadores de aluguel, incluindo investigados pelo assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido em fevereiro de 2024, no centro da capital fluminense.
Durante a ação, dois homens foram presos em flagrante, e outros 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra sete suspeitos. Entre eles, estão três policiais militares.
As investigações concluíram que o grupo era chefiado pelo ex-policial militar Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como Sem Alma, atualmente foragido e com cinco mandados de prisão preventiva em aberto. Ele estaria a serviço da contravenção, especialmente da máfia do cigarro. Posteriormente, segundo o inquérito, a liderança do grupo passou para Leandro Machado, preso em 2024 por participação no crime.
A reportagem não localizou a defesa dos investigados. Machado, na ocasião em que fora preso, disse ser inocente.
A operação desta quarta tem como alvos sete suspeitos. Alguns participavam ativamente de mortes encomendadas e tinham histórico de atuação em ações armadas e disputas criminosas, segundo as investigações. Outros eram responsáveis por monitorar a vítima, fornecer supor te operacional e garantir os meios para a execução, como veículos e armas.
Além disso, há integrantes com antecedentes criminais, incluindo prisões anteriores por homicídio e sequestro, e policiais militares que mantinham contato frequente com o grupo e se diziam prontos para cometer novos assassinatos.
Crespo foi morto com 18 tiros, que provocaram 21 perfurações. Os investigadores concluíram que o crime estaria ligado ao envolvimento do advogado com apostas online. Em depoimento à polícia, a namorada da vítima afirmou que ele queria abrir negócios no ramo de apostas e procurava um operador.
Três homens já estão presos, são réus e irão a júri popular: Leandro Machado da Silva, policial militar que teria providenciado os carros usados no crime; Cezar Daniel Mondego de Souza, apontado como responsável por monitorar a vítima e que tinha um cargo comissionado na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro); e Eduardo Sobreira Moraes, acusado de seguir os passos de Rodrigo e dirigir o carro usado para monitorar sua movimentação.
A defesa de Leandro nega participação do policial na morte e afirma que ele sublocava carros e um desses veículos teria sido utilizado no crime. A defesa de Cezar também nega participação e afirma que ele esteve com Eduardo, no entorno da Lagoa, para procurar um local para uma comemoração envolvendo colegas de farda. O advogado de Eduardo não foi encontrado.

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