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Polícia oferece R$ 50 mil por informações sobre olheiro em ataque a delator do PCC

Por Folha de São Paulo

19/11/2024 12h30 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de São Paulo oferece recompensa de R$ 50 mil a quem tiver informações sobre o paradeiro de Kauê do Amaral Coelho, 29, suspeito de ser olheiro no aeroporto de Guarulhos durante o ataque que matou Antônio Vinícius Gritzbach, 38, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), em 8 de novembro.

Kauê está com a prisão temporária decretada pela Justiça. Segundo as investigações do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), ele foi identificado após a análise de câmeras de segurança, principalmente as do saguão do Terminal 2 do aeroporto.

Ele chegou ao saguão da área de desembarque uma hora antes do pouso de Gritzbach e há uma imagem dele apontando em direção à vítima, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

O suspeito ficou circulando pelo saguão do aeroporto. Assim que viu a vítima seguindo em direção ao desembarque, sinalizou aos atiradores que aguardavam na área de externa em um carro, de acordo com a Polícia Civil.

As equipes do DHPP fizeram nesta terça-feira (19) uma operação para prendê-lo e para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, sendo a maioria na zona norte de São Paulo. A polícia não conseguiu cumprir o mandado de prisão contra ele porque Kauê fugiu.

Quando houve a busca e apreensão, o irmão de Kauê disse à polícia que ele já havia telefonado e avisado que a polícia poderia aparecer. A SSP informou que ele já foi preso em 2022 por tráfico de drogas.

A suspeita é de que ele esteja no Rio de Janeiro. A Folha de S.Paulo apurou que com o vazamento desse mandado de prisão a operação foi antecipada para esta terça-feira. Inicialmente, os policiais previam fazer esse trabalho na quinta-feira (21).

A investigação do ataque que deixou dois mortos no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, aponta que os criminosos teriam recebido um sinal de dentro do saguão para saber o momento exato para agir.

"A ação levou sete segundos. Foi planejada, ensaiada e sincronizada com o sinal de alguém dentro do saguão", disse a delegada Ivalda Aleixo, titular do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

COMO DENUNCIAR

Quem tiver informações sobre Kauê pode entrar em contato no número 181. O denunciante será atendido por um telefonista e poderá fornecer tudo o que sabe para que a denúncia seja registrada. Não é preciso se identificar.

A outra forma é pela página do WebDenuncia. Basta entrar na página por meio deste link, clicar em denunciar e seguir o passo a passo. Ao final, o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da denúncia. As informações são verificadas por uma equipe e, caso seja comprovado que elas ajudaram na resolução do caso, a pessoa que forneceu é comunicada.

Para receber a recompensa, a tela do WebDenuncia mostrará um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques do valor em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem que haja a necessidade de identificação. A retirada pode ser feita de uma vez ou aos poucos, como um cartão bancário comum.


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