Presença de arsênio em vítimas de bolo ainda não está confirmada, diz secretaria de segurança do RS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Após a polícia informar que foi detectada a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e dos dois sobreviventes que consumiram o bolo em uma confraternização familiar em Torres, no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Segurança Pública do estado afirmou que os exames ainda estão em andamento.
Em nota, a secretaria declarou que "as informações sobre a presença de arsênio no sangue das vítimas hospitalizadas não são oficiais e não representam o posicionamento do Instituto-Geral de Perícias (IGP)".
A pasta ressaltou que "a produção da prova científica é indispensável e depende de várias análises complexas que estão sendo conduzidas por nossos laboratórios de toxicologia e química forense. O IGP mantém seu compromisso com a transparência e com o esclarecimento completo dos fatos, sempre prestando apoio às autoridades e às famílias envolvidas."
A informação inicial sobre a presença de arsênio foi divulgada por policiais que estão conduzindo as investigações.
O delegado responsável, Marcos Vinícius Veloso, ao ser procurado neste sábado (28), enviou uma nota oficial por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil. "Informamos que estamos aguardando a juntada de laudos periciais, para que possamos analisar em conjunto com toda a prova já coletada no bojo do Inquérito Policial. Sendo assim, tão logo tenhamos novidades no caso, serão prontamente comunicadas", declarou.
Na sexta-feira (27), policiais relataram que foram analisadas amostras de sangue da mulher que preparou o bolo, do sobrinho-neto dela, de 10 anos, e de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu. Tia e sobrinho permanecem hospitalizados, ambos em estado clínico estável. Os nomes não foram divulgados.
Além de Neuza, outras duas pessoas morreram com poucas horas de diferença. Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, conforme informado pelo hospital. A causa da morte de Neuza foi registrada como choque pós-intoxicação alimentar.
De acordo com a polícia, a mulher que preparou o bolo foi a única da casa que consumiu duas fatias, apresentando a maior concentração de veneno no sangue. As autoridades estão investigando as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar.
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