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Professores de SP decidem paralisar nesta quarta (16) em protesto contra proposta de reajuste de Nunes

Por Folha de São Paulo

14/04/2025 15h45 — em
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Professores e servidores da Prefeitura de São Paulo decidiram se antecipar e paralisar as atividades nesta quarta-feira (16), em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A paralisação estava marcada para 25 de abril, mesmo dia em que deve começar a greve dos professores da rede estadual paulista. A Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo) decidiu antecipar a manifestação.

Nunes apresentou na quinta-feira (10) para a Câmara Municipal de São Paulo uma proposta de reajuste salarial para o funcionalismo de 2,6% para ser aplicado em maio deste ano. O texto prevê um segundo reajuste, de 2,55%, a partir de maio de 2026.

Os servidores disseram que a proposta é humilhante. Eles reivindicam 12,9% de reajuste linear para todo o funcionalismo municipal. Pedem também a elevação do piso de todos os profissionais da educação (não apenas dos professores), com a incorporação dos valores à carreira, e o fim da contribuição previdenciária de 14%.

A Aprofem tem mais de 60 mil filiados, sendo a maioria deles servidores do quadro de apoio nas escolas da rede municipal e também em outras secretarias e unidades da prefeitura.

No dia 2 de abril, o sindicato fez a primeira paralisação geral do ano. Nunes chegou a dizer que puniria os servidores que parassem, sobretudo os professores. "A gente não vai permitir que essas pessoas utilizem de ações políticas partidárias para conturbar o processo pedagógico. Estamos monitorando para fazer a punição daqueles que utilizarem desse tipo de recurso contra a educação, contra as crianças", disse.

As ameaças do prefeito levaram parlamentares do PSOL a fazer uma representação no Ministério Público do Trabalho e no Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação) da Promotoria. Eles pedem que seja aberto um processo administrativo para investigar se houve tentativa de assédio moral contra os servidores.

Pedem também que seja garantido aos professores e demais servidores exercer o direito de greve e manifestação.

"A prática do prefeito, ao ameaçar descontar salários dos servidores grevistas, configura abuso de poder e assédio, uma vez que essa atitude contraria a legislação que garante o direito de manifestação e greve sem represálias", diz a representação da deputada federal Luciene Cavalcante, do deputado estadual Carlos Giannazi e do vereador Celso Giannazi.


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