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Rota prende ex-policial civil condenado por extorsão a traficante colombiano

Por Folha de São Paulo

27/04/2025 17h00 — em
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) prenderam no sábado (26), na zona norte de São Paulo, um ex-policial civil condenado a mais de 18 anos por exigir dinheiro de um traficante de drogas internacional.

Os PMs realizavam patrulhamento pela região da Casa Verde quando receberam informações do paradeiro de um homem procurado pela Justiça. Ele estaria escondido, segundo a polícia, em uma casa na rua Atílio Piffer.

No local, os policiais encontraram Ricardo Oscar Gosser Traverso. Ele se identificou aos PMs como um ex-policial civil do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes).

A consulta aos dados de Traverso junto ao Centro de Comando e Controle da Rota indicou que havia um mandado de prisão contra ele em aberto. Ele foi levado para o 13° DP (Casa Verde). No entanto, por ter sido policial civil , a ocorrência foi direcionada para a Corregedoria da Polícia Civil, na Consolação, região central.

Traverso e outros policiais civis foram condenados por abordarem o traficante colombiano Ramón Manuel Yepes Penagos, conhecido como El Negro, e mulheres que o acompanhavam em uma casa noturna em São Paulo em maio de 2008, e exigir valores para não prendê-lo.

O ex-policial civil negou em depoimento à Justiça que tenha cometido o crime. A reportagem não localizou a defesa dele até a publicação deste texto.

De acordo com o depoimento de Penagos, ele estava em uma discoteca na zona oeste da capital, quando chegaram policiais do Denarc afirmando que haviam encontrado ecstasy com uma das mulheres que fazia parte do grupo. Penagos afirmou que eles não estavam com drogas, mas todos foram encaminhados para a delegacia.

Na unidade policial, segundo o traficante, o grupo teria sido separado e os policiais passaram a exigir dinheiro. Os agentes exigiram, de acordo com Penagos, a quantia de US$ 150 mil em troca da liberdade dele e da esposa. O traficante apontou Traverso e outro policial como aqueles que pediram valores. O colombiano contou ter conseguido R$ 300 mil e entregue, por meio do seu advogado, aos agentes públicos. O acordo e entrega teriam sido realizados na sede do Denarc. Em seguida, os detidos foram liberados.

Em juízo, Traverso afirmou que cumprindo determinação de seu superior seguiu para casas noturnas com o objetivo de combater o tráfico de drogas. Em uma delas teria encontrado entorpecente com Penagos, que estava acompanhado de uma mulher. Outras três mulheres que estavam com ele teriam ido para a delegacia por vontade própria.

Traverso disse ao juiz que não existiu sequestro, nem extorsão, sendo que as mulheres eram livres para ir embora quando quisessem.sessem.


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