Mulher-Maravilha 1984 não é tudo isso, mas é necessário; leia a crítica
![Mulher-Maravilha 1984 poderia ser muito melhor. Foto: Reprodução](https://www.portaldoholanda.com.br/sites/default/files/imagecache/2020_noticia_fotogrande/portaldoholanda-1-minuto-nerd-por-atila-simonsen-mulher-maravilha-5-1042154.jpg)
A hype de Mulher-Maravilha 1984 estava alta demais ou o filme foi apenas mais do mesmo? A resposta certa é: os dois.
Fui na pré-estreia para assistir a sequência da heroína da DC já com a sensação de que seria uma espécie de deja-vu. Foram tantos trailers, teasers, pôster, rumores e entrevistas que realmente não fez diferença alguma ter chegado atrasado e perdido os cinco primeiros minutos do longa.
Aliás, quem quiser ver a primeira cena, está bem aqui no Special Look, lançado esta semana:
A cena seguinte já é a semideusa adulta em ação, parando bandidos durante um assalto a um shopping. E essa cena a gente também já tinha visto (eis um compilado com TODAS as cenas de ação):
Ou seja, o filme começa de verdade uma boa meia hora depois, morno, porém mostrando uma Diana mais humana, seu dia a dia de mulher linda, inteligente, simpática e que chama a atenção por onde passa, exatamente ao contrário da dra. Barbara Minerva (Kristen Wing), que em breve será a Mulher-Leopardo.
É quando ambas conhecem Maxwell Lord (Pedro Pascal) e finalmente a coisa toda começa a ter forma. Na verdade, os bandidos do shopping estavam atrás de um artefato que realiza desejos. A encomenda era para o vilão.
Diana (Gal Gadot) deseja Steve Trevor (Chris Pine) de volta à vida e é assim que o boy retorna - e continua totalmente dispensável. E pronto: cada um dos três faz um pedido do ‘fundo do coração’ e o trem descarrilha de vez. O caos começa a tomar conta primeiro do Museu em que Diana e Barbara trabalham, cresce para cidade e, DO NADA, chega a todo a Terra.
Tenho que dizer que o crescimento do loucura de Lord e da desordem mundial são uma das melhores partes do filme. Pascoal é simplesmente perfeito e rouba todas as cenas em que aparece (deveriam dar um longa todo pra ele, é sério) e ofusca as atuações de Gal e Kristen, sem fazer muito esforço.
E quando a gente acha que o final vai salvar as quase três horas de filme, o que a DC resolve fazer? Gritar MARTA!!
Ok, é claro que ela não fala essa palavra em si, mas o contexto é basicamente o mesmo: do mais profundo NADA algumas palavras fazem com que tudo volte ao que era antes, e com uma frase bem ridícula.
A ‘cena pós-crédito’ foi o único momento em que me inclinei para frente e olhar melhor. O fan service foi perfeito, no tempo correto e absurdamente emocionante.
Apesar de tudo, Mulher-Maravilha 1984 é uma necessidade, tanto para este fim de ano quanto para 2021. Somos lembrados de que somos responsáveis por nossas decisões e escravo das consequências. As palavras têm poder (e não estamos falando apenas de espiritualidade) e é preciso ter muito cuidado com aquilo que deseja, porque pode se tornar real.
Dica extra: não se zangue se sua companhia quiser dormir no meio do filme. Dê a ela uma jaqueta e ponha seu ombro para que possa relaxar, faça uma massagem se necessário e simplesmente preste atenção nos vilões.
Ainda bem que eu paguei barato.
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Átila Simonsen
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