Clínicas renais deixam de receber recursos e pacientes podem ficar sem hemodiálise no Amazonas
Manaus/AM - Clínicas renais que recebem recursos do Governo do Amazonas para realizar sessões de hemodiálise em cerca de mil pacientes afirmam que o tratamento tem risco de não ser mais ofertado. O problema é que o Estado não está mais repassando recursos para estas cinco unidades que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a Associação Brasileira dos Centro de Diálise e Transplante (ABCDT).
Os valores em atraso são de repasses dos meses de abril e maio, que somam 4,2 milhões. Mesmo sem condições financeiras, as cinco clínicas continuam realizando as sessões em pacientes renais crônicos, porém não sabem até quando poderão garantir esses atendimentos nessas condições.
A Associação disse que os atrasos são recorrentes dos repasses que deveriam ser realizados em cinco dias pela Secretaria Estadual de Saúde, logo após o recebimento dos recursos liberados pelo Ministério da Saúde. A sócia do Centro de Doenças Renais (CDR), Karla Petruccelli, que atende 243 pacientes, confirmou que os atrasos são comuns, mas desta vez o cenário é mais crítico.
“Os repasses foram feitos de maneira regular pelo Ministério da Saúde, mas a Secretaria de Estado reteve três competências. Tivemos que recorrer a empréstimos bancários para honrar nossos compromissos, inclusive com o Fisco”, disse Karla. Ela ainda acrescentou que alguns pacientes contraíram a Covid-19, o que aumentos os custos com materiais de proteção.
A Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) comunicou que as empresas foram orientadas para procurarem a administração da pasta e receberem pelos serviços prestados e justificou que uma mudança da legislação que trata dos repasses de recursos financeiros foi o causador dos atrasos.
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