Juíza alerta sobre abuso sexual contra crianças e adolescentes em Manaus
Manaus/AM - Convidada do Hora do H nesta quarta-feira, 27, a juíza titular da 2ª Vara Especializada de Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, Articlina Oliveira Guimarães, falou sobre ações para sensibilizar o combate ao abuso e exploração sexual deste contingente da população do Amazonas.
Antes da entrevista ao jornalista Humberto Amorim, a juíza Articlina Guimarães, por meio de vídeos, deu uma amostra do que se pode fazer em defesa e para motivar crianças e adolescentes a ser menos passivos contra abusos e para despertar as pessoas contra essas práticas nocivas e criminosas.
A juíza alerta ainda que o crime de assédio sexual não se caracteriza apenas com a penetração, mas, avisa, que há uma série de situações que fazem de crianças e adolescentes vítimas desse crime, como um toque, o aliciamento, fotos e vídeos onde crianças e adolescentes são expostas, entre outras formas que passam pelo aliciamento e até prostituição desses incapazes.
Estupro de vulnerável
Articlina Guimarães enfatizou a indignação dela e da sociedade contra o que chama de crime que causa repulsa nas pessoas: o estupro de vulnerável. De acordo com a juíza, em 2018, 63,8% dos estupros no Brasil foram praticados contra menores de 14 anos.
A prática de sexo com menor de 14 anos, conforme a legislação brasileira, mesmo que consentida, é crime de estupro de vulnerável, alerta a juíza.
Por lidar com crianças diariamente, Articlina Guimarães diz que os professores podem ajudar no combate ao crime de abuso sexual contra menores ao perceber e denunciar aos pais ou responsáveis mudanças de comportamento em seus alunos.
As denúncias contra abuso sexual podem ser feitas pelo disk 100.
Imagens: Paulo Rabelo/PH
ASSUNTOS: abuso sexual, assédio, crianças e adolescentes, estupro, incapazes, menores, Amazonas