MP do Amazonas quer acolhimento para jovens no interior
Manaus/AM - O Ministério Público do Amazonas, pela 2ª Promotoria de Justiça de Humaitá, instaurou inquérito civil (IC) para apurar as razões da inexistência de programa de acolhimento institucional para crianças e adolescentes naquele município. O IC dá prosseguimento à atuação ministerial no sentido de assegurar as condições adequadas ao pleno desenvolvimento da infância e juventude, conforme determinam a Constituição Federal, a Convenção Internacional dos Direitos da Criança e o Estatuto da Criança. O problema vem sendo investigado pelo MPAM desde 2017, por meio do Procedimento Preparatório nº 03/2017/2ªPJ-HUT.
Na portaria de instauração do IC, o titular da 2ª PJHUT, Rodrigo Nicoletti, registra que cabe aos municípios o dever de elaborar e implementar planos destinados a assegurar o efetivo exercício deste Direito fundamental às crianças e adolescentes, conforme determina o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, aprovado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)
A proteção ao desenvolvimento infantojuvenil está inserida na política nacional de assistência social, aprovada em 2004 pelo CNAS, que instituiu o Sistema Único de Assistência Social, cujas ações visam assegurar o direito da criança e adolescente à convivência familiar. O SUAS prevê a criação de serviços de proteção básica e prevenção às famílias que se encontrem em situação que possa gerar quebra de vínculos familiares, como é o caso dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
ASSUNTOS: Acolhimento, crianças e jovens, infância e juventude, MPAM, Amazonas