Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, teve sua prisão domiciliar revogada na tarde desta quarta-feira (26). Durante o julgamento em plenário da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), os desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito Santo votaram para que a ex-primeira dama aguardasse o julgamento no regime fechado dado Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Segundo a revista Veja, Adriana ganhou o direito de cumprir domiciliar, no dia 20 de março, após o advogado dela apresentar um recurso alegando que a mulher tem filhos menores de 12 anos que precisariam do contato com ela.

A mulher de Sérgio Cabral foi presa no dia 9 de dezembro, durante o desdobramento da Operação Lava-Jato que investiga o envolvimento de vários políticos e familiares em esquemas de propinas e desvio de dinheiro. 

Para a procuradora Silvana Battini, a prisão de Adriana em regime fechado é necessário para garantir o andamento  do processo:

Adriana Ancelmo foi presa porque sua liberdade colocava e coloca em risco ordem pública e instrução criminal do processo. “Era muito mais que esposa do ex-governador Sérgio Cabral, era sua cúmplice. Usou de sua atividade profissional para auxiliar organização criminosa chefiada por seu marido no desvio e ocultação de bens desviados do erário estadual. Está presa porque ajudou e ajuda a esconder dinheiro auferido ilicitamente pela organização criminosa”.