Gilmar envia inquérito de Aécio para Justiça Eleitoral de MG
BRASÍLIA — O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido feito pela defesa do senador Aécio Neves (PSDB) para arquivar inquérito aberto em abril do ano passado com o objetivo investigar recebimento de propina na campanha de 2010. Mas aceitou o pedido alternativo para mandar o processo para a Justiça Eleitoral de Minas Gerais. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também tinha solicitado o envio do inquérito para a Justiça Eleitoral.
Além de Aécio, outras três pessoas são investigadas no processo, aberto com base na delação da Odebrecht, entre elas o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que na época concorreu e venceu a disputa para o governo mineiro. O dinheiro da empreiteira teria sido repassado para a campanha de Anastasia via caixa dois.
“Entendo que não deve ser acolhido, por ora, o requerimento de arquivamento dos autos formulado pela defesa dos investigados, uma vez que existem indícios que devem ser aprofundados a partir das linhas investigativas estabelecidas pela Polícia Federal e Ministério Público, com base nos depoimentos e documentos constantes dos autos", decidiu Gilmar.
Ao longo da Operação Lava-Jato e de seus desdobramentos, foram abertos nove inquéritos para investigar Aécio Neves no STF. Este é o segundo que vai para a primeira instância. Um foi arquivado e outro teve a denúncia aceita, transformando o senador em réu. Há mais cinco inquéritos em andamento, entre eles um em que já houve pedido de arquivamento pela PGR.
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