‘Alma’ encerra com chave de ouro o Festival Amazonas de Ópera
Manaus/AM - A ópera “Alma”, do maestro e compositor amazonense Claudio Santoro, encerra com chave de ouro a programação do 22º Festival Amazonas de Ópera (FAO), com apresentação nesta quinta-feira (30/05), às 20h, no Teatro Amazonas.
“Alma” teve sua estreia no último domingo (26/05), abrindo as comemorações pelo centenário de Santoro, o grande homenageado desta edição, e foi reapresentada na noite da última terça-feira (28/05), emocionando o público mais uma vez.
Nessa reta final, o Festival ainda tem a apresentação da ópera “Mater Dolorosa”, de Giovanni Pergolesi, nesta quarta-feira (29/05), e “Alma”, nesta quinta (30/05), ambas às 20h, no Teatro Amazonas.
Regida pelo maestro Marcelo de Jesus, a versão de “Alma” apresentada durante o FAO deste ano foi revisada pelo próprio autor. O manuscrito foi encontrado pelo filho de Santoro, Alessandro, enquanto organizava o acervo do artista, entre 2002 e 2007. Em Manaus, o público pode assistir à ópera do jeito que Claudio Santoro a escreveu, com correções nas partituras e acréscimo de partes instrumentais para criar melhor conexão entre as cenas.
A história se passa em São Paulo, nos anos 1920. O escritor João do Carmo ama a jovem Alma, que não o corresponde. A moça de 20 anos se apaixona por Mauro, um cafetão que a agride, obrigando-a a se prostituir em cabarés. Essa conturbada relação permeia a ópera, composta (música e libreto) por Santoro, em 1985. A estreia no FAO contou com Corpo de Dança do Amazonas, Coral do Amazonas e Amazonas Filarmônica.
Além da apresentação da ópera, baseada na primeira parte da trilogia “Os condenados”, de Oswald de Andrade, as celebrações do centenário de Santoro no FAO incluem a exposição “A Alma de Claudio Santoro”, que pode ser visitada no segundo pavimento do Teatro Amazonas.
Público aplaude – A auditora Marília Ferraro, 66, é frequentadora assídua do FAO. A amazonense elogiou a montagem de “Alma”, na apresentação da última terça-feira (28/05), e destacou a importância de homenagear um talento da terra.
“Uma montagem muito bela, com um elenco sensacional. Temos uma orquestra maravilhosa no estado, reunimos todas as condições para ter uma peça como essa. Acho merecida a homenagem ao Santoro, até para que a população amazonense o conheça. Ele é muito mais conhecido em Brasília e em São Paulo, até fora do Brasil, do que aqui no próprio Amazonas. OFAO é o espaço perfeito para isso”, disse.
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