Youtuber bolsonarista Karol Eller pode ser indiciada após depoimentos de testemunhas
A youtuber Karol Eller, que foi agredida no último domingo, e a namorada, a policial civil Suellen Silva dos Santos, podem ser indiciadas por denunciação caluniosa, informou a delegada Adriana Belém, da 16ª DP, à revista ÉPOCA nesta quinta-feira (19). Famosa por ser apoiadora de Bolsonaro e sua família, Karol Eller se declarou diversas vezes contra o movimento LGBT e os direitos básicos exigidos por eles incluindo a luta contra homofobia, que classificava como "vitimismo".
A responsável pelo caso voltou atrás da avaliação inicial de que a agressão foi "um caso típico de homofobia", após a versão dos funcionários do quiosque onde aconteceu a agressão coincidir com a do acusado, Alexandre Silva, de 42 anos. Alexandre não será mais investigado pelo crime de injúria por preconceito, mas por lesão corporal.
Conforme a versão dos funcionários, Karol Eller teria começado a briga e parecia estar alterada quando começou a confrontar Alexandre. Eles confirmaram, também, que ela teria manuseado uma arma.
Depoimento do acusado
À Polícia, Alexandre da Silva disse que ao chegar ao quiosque na Barra da Tijuca, ele e um casal de amigos teriam percebido que Karol estava com uma arma na cintura, “fato que chamou a atenção”.
Em determinado momento, Karol teria deixado a arma cair no chão e se identificado como delegada federal. Ainda segundo ele, o amigo tentou alertá-la sobre o risco do manuseio da arma, e a acusou de ter cheirado cocaína no banheiro.
"Existem dois crimes sendo apurados, a lesão corporal e a injúria por preconceito. Mas este segundo já ficou descartado pelas testemunhas do quiosque e pelas imagens das câmeras de segurança do local", afirmou a delegada, que com os novos depoimentos, passou a questionar o relato de Karoll Eller.
Youtuber rebate
Questionada pela ÉPOCA sobre a agressão, a youtuber afirmou: "Alguém que quer só se defender, não teria me espancado. Poderia se defender de outras mil formas possíveis. Ele me deu murros na cara, chutou meu rosto. Me deixou desmaiada no chão e fugiu do local do crime Ele [Alexandre] assediou minha namorada. Disse palavras de baixo calão pra mim. Me chamou de sapatão. Me provocou dizendo (repetidas vezes): "Você não é homem? Você é muito macho?”".
Agressor responde acusações
Alexandre Silva se pronunciou sobre as acusações de Karol Eller: "Foi uma agressão mútua. Ela veio pra cima de mim, drogada. Sabe que uma pessoa drogada fica muito agressiva? Fica muito mais forte? Ela me agrediu, e eu a agredi. Foi isso que aconteceu e nada mais. Não a ofendi com palavras de baixo calão. A tratei com muito respeito", disse ele, que também se pronunciou sobre os boatos de que seria homofóbico e "de esquerda": "Sou pai de família. Não sou homofóbico, não sou esquerdista.".
Segundo a delegada, Karol e a namorada, Suellen, serão convocadas a depor mais uma vez.
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