Aleam aprova reajuste salarial dos professores e greve pode ser suspensa
Manaus/AM - Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) aprovaram, nesta quinta-feira (23), o reajuste salarial de 4,73% para os professores da rede estadual de ensino. A votação foi acompanhada pelos professores e representantes dos comandos de greve que lotaram as galerias do plenário da Casa Legislativa.
O impasse em relação a proposta chegou ao fim na última quarta-feira (22) após reunião entre o presidente da Aleam, deputado Josué Neto (PSD), os demais deputados, o vice-governador Carlos Almeida, perante os líderes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical). Com a aprovação do projeto, agora caberá aos professores decidirem em assembleia-geral marcada para esta sexta-feira (24) se a greve que já dura 39 dias terá fim, após ser instaurada no dia 15 de abril.
O deputado Josué Neto destacou que o fim ao impasse ocorreu devido a capacidade dos deputados de tomar para si os rumos das negociações e pela persistência. "Houve um momento de impasse muito grande entre professores e o governo e nós tomamos os rumos da negociação. Nós tivemos que utilizar não a paciência, mas a persistência para que não fosse jogado abaixo o que estava sendo construído aqui”, declarou Neto.
Reivindicações que ainda não foram atendidas pelo governo por meio da proposta deverão ser debatidas com a participação da Aleam na Comissão Especial que será criada. A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, garantiu que a luta continua pelas demais demandas dos professores e que o recado foi dado para o governo de como será a luta pelos próximos três anos.
Reajuste e garantias
O valor aprovado é de 4,73% para reposição imediata, retroativa a março deste ano. Uma Comissão Especial será criada para avaliar as demandas ainda pendentes para os servidores da educação. A Lei aprovada ainda deve reduzir dos 4 para 3 anos a progressão horizontal e aumento do percentual de 2% para 5%. O auxílio-localidade também deve ser reajustado de forma imediata, com R$ 80 para professores da zona urbana no interior e de R$ 120 para os que atuam na zona rural dos municípios.
Quanto ao vale-transporte e alimentação, o reajuste deve ser realizado por meio de decreto. Junto com a Aleam, ainda haverá uma discussão sobre o plano de saúde para que ele seja estendido a todos os municípios do interior e que ainda atenda aos servidores inativos da educação.
Além destas demandas, o governo garantiu que os descontos de faltas e as multas pelos dias de greve que ocorreram após ação judicial movida pelo governo serão anuladas.
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