Empresa aérea é denunciada por não pagar rescisões trabalhistas em Manaus
Manaus/AM - As irregularidades cometidas pela MAP Transportes Aéreos voltaram a sofrer denúncia nesta semana, feita pela Comissão de Defesa do Consumidor da OAB, e divulgada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com ação civil pública (ACP) com pedido de dano moral coletivo, contra a companhia.
A denúncia foi feita pelo deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas), que integra a comissão, por ser advogado, na quarta-feira (12). Desta vez, o parlamentar expôs denúncias de que ex-funcionários da MAP que não estão recebendo suas rescisões trabalhistas. Campelo avalia, ainda, a compra da MAP pela empresa Passaredo como uma “operação obscura”.
"De acordo com denúncias feitas a mim por ex-funcionários da MAP, esses pagamentos estão sendo realizados a conta-gotas, os prazos não estão sendo cumpridos e desde março do ano passado a empresa não recolhe o INSS e FGTS desses funcionários. Outra questão é que a MAP foi comprada pela Passaredo, empresa essa que passou por um processo de recuperação judicial e, de acordo com esses funcionários, quem na verdade pagou pela compra da MAP foi a empresa Gol, no valor de 27 milhões. Portanto, toda essa operação de compra é obscura e, obviamente, essa questão do não pagamento das verbas rescisórias é algo muito grave e que não ficará impune”, afirmou o parlamentar.
O deputado anunciou que, na próxima terça-feira (17), uma cessão de tempo, de sua autoria, será realizada para que os ex-funcionários da empresa relatem todas ilegalidades no plenário da Aleam. Em seguida, Campelo vai protocolar a denúncia no Ministério Público do Trabalho, onde será recebido pelo chefe do órgão, Jorsinei Dourado.
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