Servidores ameaçam com greve geral se projeto do governo for aprovado na Aleam
Manaus/AM - Servidores públicos do Estado se organizam para a realização de uma greve geral no Amazonas caso seja aprovado projeto do governo que congela os salários dos servidores por dois anos. A proposta será votada nesta sexta-feira (12) na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) e os trabalhadores de diversos seguimentos como da saúde, educação e segurança pública cobram dos deputados a derrubada da norma.
O projeto de governo em suma determina que os salários dos servidores públicos serão congelados por dois anos, até o final de 2021. A justificativa para a medida é corte de gastos, segundo o Executivo Estadual.
O sargento Igo Silva, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Amazonas, disse que a proposta do governo é muito prejudicial, pois em dois anos os custos de vida só aumentarão enquanto os salários serão os mesmos, por isso ele cobra valorização aos agentes da segurança, se não haverá greve geral.
"Existe a possibilidade de ter uma greve geral de todos os seguimentos. Imagina saúde, educação e segurança parados? É um caos. Então nós queremos evitar isso. Que o governo reveja isso. A culpa dessa falta de orçamento do governo não e do funcionário público, não é do servidor, a culpa não é nossa, não temos que pagar essa conta”, criticou o sargento.
A servidora da saúde Adelice Andrade pediu respeito aos servidores efetivos do Estado. Segundo ela o governo gasta muito com servidores comissionados e com as cooperativas de saúde e que isso tem de acabar. "Tem que acabar com essa patifaria. Tem de criar vergonha na cara e parar de chamar comissionado e dá valor pros trabalhadores. Nós estamos dentro de UTI, morrendo paciente, a gente fica reanimando em plantão de 12 horas, sem condições de trabalho, salário tudo atrasado e ele ainda quer congelar? Ele que tenha vergonha na cara e respeite o trabalhador”, disse Adelice que também afirmou que as categorias estão se unido para uma greve geral caso o projeto seja aprovado.
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