Exclusivo: Veja depoimento completo de Elisabeth Valeiko à polícia
Manaus/AM - A primeira-dama Elisabeth Valeiko prestou depoimento sobre o caso Flávio Rodrigues nessa segunda-feira (21) na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Acompanhada de seus advogados, Elisabeth contou que o PM Elizeu da Paz era lotado na Casa Militar desde março deste ano e era responsável por levar comida e medicamentos para seu filho, Alejandro Valeiko, na casa onde ele mora no condomínio Passaredo.
A primeira-dama explicou que o chef de cozinha Vitório Del Gatto é amigo pessoal da família há 30 anos e passou a morar na casa na função de amigo e não funcionário, por isso não recebia salário. Vitório gerenciar a residência e que foi ele quem informou a Elizeu que um traficante estaria indo a casa vender entorpecentes para Alejandro.
Elisabeth disse que não conhecia as pessoas que frequentavam a casa do filho tampouco Flávio e que não sabe se o filho ja havia tido alguma briga com Elizeu ou Vitório por causa do envolvimento com drogas ou por levar pessoas desconhecidas para a residência.
Sobre o dia do crime, Elisabeth contou que não manteve contato com o filho, nem com o PM e nem Vitório portanto não sabia que o filho tinha visitas em casa e por isso também não pediu para Elizeu ir até a residência naquele dia.
Elisabeth disse que na noite do crime estava com o marido, o prefeito Arthur Virgílio Neto, no Hospital Adventista quando recebeu uma ligação da filha Paola pedindo para que ela fosse a casa de Alejandro, pois ele estava ferido e outro rapaz machucado.
Valeiko então foi até o condomínio na companhia de um policial militar. Ao chegar lá, encontrou Alejandro ferido na cabeça e perguntou dele o que estava acontecendo notando que ele estava sob efeito de álcool e drogas, e dizia: “mãe, tá tudo bem”.
Em seguida falou com um dos homens que estava na casa com o filho, que depois soube se chamar Magno. Segundo ela, Magno contou que estavam na sala quando um homem encapuzado entrou no local e perguntou: “cadê o dinheiro?” correndo ele para o banheiro.
Ao saber disso, ela perguntou de Alejandro se ele estava devendo alguém, o que foi negado por ele. Depois, ela conversou com a filha, Paola, o genro Igor, Vitório, o síndico do condomínio e um homem chamado Ronaldo que estava dentro da casa no momento.
Confira o depoimento na íntegra:
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Elisabeth confirmou que viu na garagem gotas de sangue e um carro branco, que depois soube ser de Flávio. Mas nega ter visto sangue dentro da residência, apesar disso foi informada pela filha que tinha sangue na residência e que Paola disse ter limpo as manchas já que a cadela de Alejandro estava pisando e sujando ainda mais o local.
A primeira-dama disse ainda que ninguém comentou com ela que Elizeu esteva na casa minutos antes e que Vitório disse não ter presenciado nada pois estava em seu quarto.
Preocupada com o filho que estava drogado e com o fato de Magno ter dito que o homem encapuzado procurava por dinheiro, ela acreditou que a confusão pudesse ser por conta de dívida de drogas e por isso mandou o filho e Vitório irem dormir em um hotel.
Segundo Elisabeth, no dia seguinte ela ainda não sabia que Flávio havia morrido e nem o teor do depoimento de Alejandro e Vitório na delegacia quando decidiu internar compulsoriamente o filho em uma clínica de reabilitação no Rio de Janeiro. Devido ao estado de Alejandro, ele viajou acompanhado de dois policias militares.
Questionada do motivo de não ter acionado Elizeu para ir com Alejandro, a arquiteta disse que não “passou pela cabeça”. E que ao saber que Elizeu havia levado Flávio da casa não entrou em contato com o PM mesmo sem entender a atitude dele já que a função do mesmo era proteger seu filho.
Elisabeth disse ainda que não conhece Mayc, não teve contato com os suspeitos e que dias após o fato conversou apenas com a mãe de Magno. Ela negou ainda que esteja pagando os advogados dos envolvidos.
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