Altos níveis de colesterol podem ser prejudiciais e podem aumentar o risco de problemas cardiovasculares sérios, como ataque cardíaco ou derrame. Uma dieta rica em gordura pode contribuir para que isso ocorra, mas alguns pesquisadores dizem que a ingestão de um tipo específico de óleo pode impedir esse efeito negativo. Os profissionais de saúde geralmente se referem ao colesterol LDL como "ruim", porque o seu acúmulo excessivo pode interferir na circulação sanguínea e aumentar o risco de ataque cardíaco ou derrame. Por outro lado, eles tendem a dizer que o colesterol HDL é "bom" porque ajuda a remover o LDL do corpo.

A fim de evitar que ele atinja altos níveis no sangue, é aconselhável aderir a dietas que promovam níveis elevados de HDL e baixo LDL. No entanto, pesquisadores da Universidade da Geórgia em Atenas descobriram que a adição de óleo de semente de algodão a uma dieta rica em gordura pode realmente diminuir os níveis de LDL de uma pessoa. Depois de comparar os efeitos dos dois tipos de dieta sobre os participantes, eles descobriram que aqueles que seguiram a dieta enriquecida com óleo de semente de algodão tinham níveis mais baixos de LDL e triglicérides. Por outro lado, os que seguiram a dieta enriquecida com azeite não tiveram mudanças significativas.

Aqueles na dieta enriquecida com óleo de algodão viram, em média, uma redução de aproximadamente 8% nos níveis de colesterol total, 15% no LDL e 30% nos triglicerídeos. Quanto aos níveis de colesterol HDL, estes aumentaram em cerca de 8% para esse grupo. Os pesquisadores especulam que um tipo específico de gordura chamado ácido diidroestrecúlico, que está presente no óleo de algodão, mas não no azeite, pode impedir o acúmulo de triglicerídeos. Eles também sugerem que as gorduras poliinsaturadas (saudáveis) e ômega-6 que são abundantes neste óleo podem ter efeitos benéficos.

Referência

Polley, K. L. ET al. A 5-day high-fat diet rich in cottonseed oil improves cholesterol profiles and triglycerides compared to olive oil in healthy men, Nutrition Research, v.60, p.43-53, 2018.