Manaus/AM - Segundo o deputado federal Amom Mandel Lins Filho, a abordagem da Rocam seria uma reação à denúncia que fez à Polícia Federal contra a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). 

De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na PF, Amon afirmou que no dia 13 de dezembro de 2023 teve acesso a um relatório da Secretaria Adjunta de Inteligência do Governo do Amazonas (SEAI), associando diretamente a alta cúpula da Secretaria de Segurança Pública do estado do Amazonas, secretaria de administração penitenciária e comando geral da PM a organizações criminosas e tráfico de drogas, mencionando autoridades como prefeito da capital e governador do estado. 

Conforme a denúncia, no mesmo período em que teve acesso ao relatório, foi divulgado pela imprensa a informação de que havia um irmão de um narcotraficante internacional ocupando um cargo de confiança na SEAI. 

Diante disso, o parlamentar encaminhou o documento à Polícia Federal. No entanto, nos dias que seguiram, uma série de episódios de intimidação se sucederam, como ameaças de divulgação de informações íntimas, bem como uma ação coordenada de propagação de desinformação da atuação parlamentar de Amom. 

O deputado acredita que a abordagem que sofreu na quinta-feira (4), seja uma reação contra ele após a denúncia feita à PF contra a SSP-AM. 

Conforme o BO, Amom alega que sua interpretação é de que os assédios e coação sofridos têm relação cronológica com as denúncias recentemente realizadas no exercício do mandato parlamentar como Deputado Federal e que em razão dos acontecimentos e da postura adotada pelo Secretário de Segurança e demais agentes do governo estadual, não sente que o estado do Amazonas tenha capacidade de garantir e resguardar sua integridade física.