Aleam vai debater implantação do polo de artesanato no Amazonas
A Aleam realizou, na quinta-feira, 20, no plenário Ruy Araújo, uma audiência pública, proposta pelo deputado Tony Medeiros (PSL), que preside a Frente Pró Cultura da Aleam, para discutir a implantação do Polo de Artesanato do Amazonas. O deputado Chico Preto (PMN), que presidiu a audiência, afirmou que o Amazonas não pode virar refém de apenas um modelo econômico, como o da zona franca.
O parlamentar ressaltou o momento propício de realização da audiência, referindo-se à prorrogação da ZFM que foi aprovada, em primeiro turno, na última quarta-feira (19). “Passei da euforia à reflexão, em instantes, porque, apesar de ter a certeza de que a zona franca vai permanecer como nosso principal modelo econômico, dentro de mais 40 anos teremos que ter um outro modelo econômico”.
Na avaliação de Tony Medeiros, o governo tem uma dívida com a categoria dos artesãos. Ele destacou a necessidade de mais apoio dos governos estadual e municipais para a qualificação profissional dos artesãos. “Mesmo que a zona franca tenha sido prorrogada por mais 50 anos, é fundamental que sejam criadas novas alternativas econômicas para o Amazonas. E o artesanato sustentado do Amazonas é uma alternativa viável”, disse ele.
Tony Medeiros relatou também sua preocupação com a cultura amazônica remonta há muitas décadas, mas somente agora, é que teve a oportunidade de tentar criar esse polo.
A secretária de Trabalho e Renda (Setrab), Francinete Lima, disse que orçamento para este ano não é suficiente para implantar um polo de artesanato, mas é suficiente para que o governo comece a alavancar alguns programas. Ela informou que já chegou a 18 municípios com a finalidade de acabar com a figura do atravessador.
Segundo secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos e primeira-dama do município, Goreth Garcia, o artesanato às vezes representa a cultura de um povo. Ela disse que o município tem se esforçado bastante para solucionar esse problema, mas ainda não foi possível fazê-lo porque o tempo é bastante exíguo. “Mesmo assim temos procurado fazer o que se pode, inclusive as vezes procurando alavancar a Feira do Artesanato, na Eduardo Ribeiro”, contou.
Goreth citou, como exemplo, o artesanato produzido em Belém, destacando que a reserva de mercado defendida por alguns dos artesões é viável, mas não é a alternativa básica. “Temos elementos e produtos básicos da região, mas precisamos aprimorar material para ofertarmos com qualidade, com a arte que as pessoas exigem”.
Foto: Eustaquio Liborio
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