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Antes de ser assassinada, dona do Ponto do Açai revelou que estava recebendo ameaças de delegado federal

Por Portal Do Holanda

24/02/2013 19h50 — em
Amazonas



O Ministério Público Federal vai instaurar procedimento para investigar supostas ameaças partidas de um delegado federal a comerciante Emilsem Coutinho da Costa. A comerciante foi morta no dia 15 de janeiro, quando se preparava para ingressar com um pedido de investigação na Procuradoria Geral da República no Amazonas. Na denúncia, ela vincula o policial a um conhecido agiota que opera em Manaus.

A comerciante foi executada a tiros na tarde do dia 15 do mês passado. De acordo com documento que o Portal do Holanda teve  acesso, ela chegou a denunciar ao Ministério Público Federal que estava recebendo ameaças de policiais civis,militares e de um delegado da PF. O crime ocorreu por volta de 17h30, no Ponto do Açaí, onde a vítima trabalhava.

Na denúncia, a comerciante afirmava que viaturas, ora da Polícia Militar e da Civil e por duas vezes da Polícia Federal, estavam rondando a sua residência. Disse ter recebido um recado dado por um garoto, alertando que “ela deveria parar de se preocupar com a vida dos outros”. A principio, a policia vinculou o assassinato a um suposto traficante que teria sido denunciado por ela, mas a aparição do documento, onde Emilsem denuncia as ameaças, pode fazer as investigações seguirem um novo rumo.

A MAE

Em depoimento prestado ao delegado Arnon Barbosa de Queiroz, do 3º Distrito Integrado de Polícia, a mãe da vítima, Elza da Costa Coutinho, disse que sua filha quatro dias antes da execução, lhe declarou que tinha recebido ameaças de morte feita a partir de um número restrito de celular.

Elza  disse ao delegado que a filha não lhe informou os motivos das ameaças e nem quem estava lhe ameaçando.

Taxista preso

Horas depois do assassinato da comerciante, policiais das Ronda Ostensiva Cândido Mariano  prenderam em um posto de gasolina da Atem, localizado na rua São Vicente, no bairro de São Lázaro, Zona Sul de Manaus, o taxista Zilmar Fernandes de Araújo, 21 anos, motorista do táxi Siena, de placas JXT 8583, que teria sido visto por testemunhas no local do crime.

Através da placa, os policiais, chegaram ao endereço do dono do veículo, Carlos Alberto, morador na rua Central, bairro do Coroado, Zona Leste, que informou aos PMs que há seis meses tinha vendido o veículo para Zilmar.

Por telefone, Zilmar disse que aguardaria os policiais no posto de gasolina. Juntamente com Carlos, os PMs  foram ao local e detiveram o taxista, que no 3º Distrito Integrado de Polícia  disse que por volta de 13h, três homens armados tomaram seu carro de assalto e lhe fizeram refém.

Disse que foi obrigado pelos três homens a ir ao bairro do Japiim, onde os bandidos falaram que iriam resolver uma situação.

O taxista garantiu em seu depoimento que por várias vezes ouviu um dos caras falando com um tal de “Bola” “se era aquela a cagueta”. Ao chegar em frente ao comércio, o homem que estava sentado a seu lado no banco do carona desceu, efetuou os disparos e voltou, mandando ele seguir em frente. Disse que deixou os três em uma rua no bairro de Petrópolis.

Alvará de soltura

O taxista Zilmar Fernandes foi parar na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no dia 15, como suspeito de participar da execução da comerciante Emilsem Coutinho.

Dois dias depois, dia 17, o promotor de Justiça, Lauro Tavares da Silva, emitiu parecer pela concessão da liberdade provisória de Zilmar e no dia 25, o juiz Anésio Rocha Pinheiro, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, expediu alvará de soltura ao taxista.

 

 

 

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ASSUNTOS: crime do ponto do açai, Elmice Coutinho da Costa, Manaus, MPF, PGR, Amazonas

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