Manaus/AM - O Ministério Público Federal requisitou um plano emergencial de saúde após um bebê venezuelano de 9 meses morrer vítima de pneumonia em Manaus. 

A situação dos imigrantes venezuelanos em Manaus tem sido acompanhada pelo MPF-AM, por meio inquérito civil instaurado em março de 2017. Na última semana, o MPF expediu recomendação à Casa Civil da Presidência da República, ao governo, prefeitura e aos Ministérios da Justiça, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento Social e Agrário, para adoção, de forma articulada, de uma série de medidas para prestar assistência humanitária aos imigrantes venezuelanos que se encontram na capital amazonense.

 A recomendação incluiu, entre outras ações, garantia de abrigo e alimentação adequados, água potável, assistência médica e vestuário. O prazo para resposta, que é de 10 dias, ainda não se esgotou.

Estima-se que cerca de 400 indígenas venezuelanos da etnia Warao estão em Manaus, fugindo da crise generalizada no país vizinho. Mais de uma centena deles estão alojados no terminal rodoviário da capital amazonense, outros estão em casas alugadas no Centro e outros locais da cidade, em situações precárias de moradia. Em abril deste ano, um indígena Warao adulto morreu, de causa ainda não definida, e um bebê de seis meses morreu em decorrência de infecção generalizada, iniciada a partir de catapora.

No ofício, encaminhado aos órgãos de saúde e assistência social do estado e município, o MPF concede prazo de 48 horas para que os órgãos respondam à requisição, informando sobre o plano emergencial de saúde que atenda aos indígenas Warao que se encontram em situação de vulnerabilidade na rodoviária, nas casas do Centro e demais locais da cidade de Manaus.