Bolsonaro critica retomada de auxílio emergencial: 'endividamento'
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (10) que discorda do retorno do auxílio emergencial, medida que avaliou como uma fonte de endividamento para o governo, e declarou que a população precisa "voltar a trabalhar".
"A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido", disse, referindo-se às articulações entre a Câmara e o Senado para a retomada do benefício.
"Não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar", afirmou, durante evento no Ministério da Educação.
Bolsonaro aproveitou a ocasião para reiterar críticas às medidas de isolamento. "Vamos ter que conviver com esse vírus, não adianta falar que passando o tempo vai resolver. Estão vendo que não vai. Novas cepas estão aparecendo. Agora, o efeito colateral do tratamento inadequado mata mais gente do que o vírus em si".
Apesar da influência do auxílio na população mais afetada pela crise, no desenvolvimento da economia e no índice de popularidade do governo, o governo federal argumenta que a iniciativa deve prejudicar o equilíbrio fiscal do país. O ministro da Economia Paulo Guedes, que se posicionava contra a proposta, já sinalizou que pode defender a medida em função do novo debate sobre o tema.
ASSUNTOS: Amazonas