Cantora amazonense Márcia Novo é destaque na revista Vogue
Manaus/AM - Após encabeçar um movimento que arrecadou doações e ajudou os povos indígenas durante a pandemia da covid-19 no Norte do Brasil, a cantora amazonense Márcia Novo foi uma dos 12 convidados especiais para ilustrar a matéria da Vogue Brasil sobre a Amazônia, intitulada ‘Guardiões da Floresta’.
Ao lado de várias figuras de representatividade, Márcia Novo conta um pouco sobre o projeto ‘Vidas Indígenas Importam’ e dos problemas enfrentados pela população indígena em meio ao enfrentamento do novo coronavírus.
Em entrevista a Vogue, a cantora explicou que a movimentação deu origem à campanha @vidasindigenasimportam, que fornece alimentos, máscaras, kits de higiene e remédios para as comunidades de Manaus. Em cinco meses, os esforços resultaram no apoio e ajuda para mais de 1.500 famílias e um total de 4.000 pessoas.
Foto: Divulgação
A Vogue aborda que o projeto de Márcia Novo e dos amigos escancarou vários problemas das populações indígenas, que, além da falta de estrutura básica de saúde, precisam lidar com a ausência de assistência social. “A situação é pior para os que vivem em contexto urbano, que são privados de ter atendimento especial nos hospitais da região por não serem considerados indígenas”, revela Márcia, em trecho da sua entrevista.
“Estou muito feliz de estar participando dessa publicação especial da Vogue, pois além de dar visibilidade para a minha música, após 17 anos de carreira, mostra que estou exercendo minha função como cidadã da Amazônia, que luta pelo o que acredita e pelo o que eu sei que precisa nesse momento. Eu nunca imaginei, quando eu iniciei a vaquinha, que eu pudesse realmente ajudar tanta gente através desse projeto”, declarou a cantora.
A amazonense destaca que é uma honra ser retratada junto às outras personalidades que desenvolvem grandes trabalhos, em diversas áreas, em prol da Amazônia. “Nós, e outros guardiões da floresta que não foram retratados na Vogue, somos a esperança, que é algo que a revista trata bastante. Nós: negros, brancos, quilombolas, caboclos, nós todos somos protagonistas do curso que a Amazônia vai ter nos próximos anos. Então a gente não pode esperar um sistema só dar uma resposta, a gente tem que agir, a gente tem que fazer, a gente tem que ser proativo pela Amazônia”, completou Márcia Novo.
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