Casal que agrediu babá e atirou em advogado pretendia ‘lesionar e não matar', diz defesa
Manaus/AM – A defesa do casal Jussana Machado e Raimundo Nonato Monteiro, acusados de agredir uma babá e balear um advogado, argumentou ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) que a intenção dos acusados era lesionar os dois e não matar as vítimas. O caso ocorreu em agosto de 2023, em um condomínio na Ponta Negra.
A babá foi agredida enquanto passava pelos suspeitos na saída de um elevador. O advogado, que é patrão da babá, interviu na situação, também foi agredido e depois baleado por Jussana, que recebeu a arma do companheiro.
Nas alegações finais apresentadas na sexta-feira (19), o advogado dos réus, Arthur Pontes, argumentou que as circunstâncias não apontam para uma intenção homicida por parte do casal. Ele salientou que, se a intenção fosse matar, a mulher teria atirado diretamente, em vez de iniciar com agressões físicas.
Pontes também destacou que, durante o conflito, o homem estava armado, mas optou por uma briga corporal em vez de usar a arma, o que, segundo a defesa, indica a intenção de ferir, não matar.
Além disso, a defesa citou um incidente posterior, quando o casal e as vítimas aguardavam a chegada da polícia na guarita do condomínio. Nesse momento, o homem agrediu o advogado com um soco em vez de usar a arma, como argumentado pela defesa.
Também foi mencionado que relatórios médicos indicam que as vítimas não correram risco de vida e não foram incapacitadas para suas atividades habituais.
A decisão sobre se o casal será julgado por um júri popular será tomada após a análise das alegações finais dos réus pela justiça.
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