CNJ dá prazo para Corregedoria do TRE-AM investigar juiz acusado de empregar amigos
A juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Mariella Ferraz de Arruda Pollice Nogueira, estabeleceu prazo de 60 dias para a desembargadora Socorro Guedes, corregedora do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, apurar denúncia contra o juiz Jânio Tutomu Takeda, da comarca de Carauari.
O magistrado foi denunciado ao CNJ por colocar à disposição do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas o amigo Waltimar Oliveira dos Santos e Maria Ivanete Ribeiro Teles. O primeiro exerceu funções no TRE, por vários anos sem nunca ter sido funcionário municipal, conforme prevê a norma para esses casos. A segunda, nomeada por Takeda em 2008, ainda está a disposição da Justiça Eleitoral, sem ser servidora efetiva da prefeitura. Os dois acabaram sendo beneficiados com a ajuda do juiz que assumiu a administração do executivo com a ausência do prefeito.
O despacho da corregedora auxiliar do CNJ ocorreu no último dia 7, quando ela deu ao TRE-Am 15 dias depois do recebimento do ofício do Conselho, para que inicie a apuração dos fatos.
Entenda o caso
A denúncia contra Takeda é do ex-prefeito Bruno Litaiff, que garante que Waltimar foi o primeiro a ser colocado a disposição da 21ª Zona Eleitoral pelo magistrado, através de decreto de 29 de dezembro de 1998, quando o nome dele foi encaminhado para servir a Justiça Eleitoral.
Waltimar, que chegou a Carauari em 1998, recebeu dinheiro público federal desde dezembro daquele ano até 2006, quando Bruno Litaiff fez a denúncia.
A fraude só foi descoberta em dezembro de 2006, quando o então prefeito Bruno Litaiff recebeu um oficio do TRE-Am pedindo informações a respeito do servidor público efetivo, Waltimar Oliveira.
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ASSUNTOS: CNJ, Corregedoria, Jânio Tutomu Takeda, Mariella Ferraz de Arruda Pollice Nogueira, Socorro Guedes, Manaus, Amazonas, Justiça & Direito, Policial