Com salários atrasados, trabalhadores de empresa da ZFM programam protesto no TRT
Mais de 1.500 trabalhadores ligados a H-Buster da Amazônia, entre demitidos e ativos, mobilizam-se para um “panelaço” em defesa de suas indenizações e salários na frente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na esquina das ruas Dr. Machado e Visconde de Porto Alegre (Praça 14), às 8h desta quarta-feira, 8. O objetivo é sensibilizar a Justiça do Trabalho para o fato de que a empresa só tem como pagá-los se voltar a produzir e, para isso, precisa abrir os 192 contêineres com materiais que estão sob embargo judicial.
Utilizando as redes sociais na internet e o celular, lideranças desses trabalhadores vêm repassando informações sobre a situação da empresa e, agora, convocando a todos para a manifestação no TRT, com faixas, cartazes, panelas e pratos vazios, carros de som e tudo o mais que possa chamar atenção não apenas do Judiciário, também das demais autoridades públicas e da própria sociedade para o problema que vêm enfrentando.
Antes de entrar em crise, a H-Buster empregava cerca de 1.600 pessoas somente na fábrica de Manaus, produzindo equipamentos de som automotivos, notebooks e TVs de tela plana. Devido a vários problemas, entretanto, teve que pedir recuperação judicial no início de 2012. Após isso, através de um plano de demissão voluntária (PDV), desligou 1.113 trabalhadores que tiveram suas indenizações parceladas mantendo pouco mais de 400 empregados. Como não conseguiu pagar as indenizações, teve os contêineres de cargas arrestados a pedido dos trabalhadores. O que já estava ruim ficou bem pior, pois, sem produzir, além de não pagar os demitidos passou a atrasar os salários dos ainda empregados, que não recebem desde outubro do ano passado.
Depois de muitas idas e vindas, os trabalhadores chegaram a um acordo com a H-Buster e pediram que a Justiça do Trabalho liberasse a abertura dos contêineres para que a produção fosse retomada, as indenizações e salários pagos e cerca de 400 novas vagas fossem abertas. Não deu certo. Os contêineres permaneceram sob embargo e as linhas de produção da empresa paralisadas.
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