Com tema "Resistência", Caprichoso dá show de magia e fecha noite no Festival de Parintins
Manaus/AM - O Caprichoso deu um verdadeiro show na arena e fechou a segunda noite do 56º Festival de Parintins com o espetáculo “Resistência: a força da nossa existência” que integra o tema deste ano “O Brado do Povo Guerreiro”.
Com toadas atuais e antológicas, a galera azulada vibrou com a apresentação do Touro Negro. Os amigos Ives Dalson, 22 e Marcileia Santos, 43, estiveram pela primeira vez no festival representando a galera, no item 19. A dupla afirmou estar encantada com o espetáculo do boi da Estrela.
“Antes eu só via pela TV. Hoje estou vivendo essa realidade que é imensurável. O Caprichoso está lindo em todos os momentos’’, disse Ives.
“Fazer parte da galera é um sentimento único. E eu vim em busca do bicampeonato. E essa galera é linda. O Caprichoso está fazendo uma belíssima apresentação, todos os itens estão lindos”, completou Marcileia.
A segunda noite teve mais quatro alegorias e módulos aéreos que trouxeram itens como cunhã-poranga e o boi-bumbá. O diretor de Arena do boi azulado, Edwan Oliveira, acredita que o Caprichoso está mostrando um trabalho de qualidade
“O Caprichoso apresentou um espetáculo grandioso mais uma vez, que traz um pouco da essência da sua tradição. Foi uma noite espetacular com momentos grandiosos de alegorias e indumentárias dos nossos itens fazendo um espetáculo fantástico na arena” afirmou Edwan.
Destaque
Como Lenda Amazônica, o Caprichoso apresentou O “Veleiro Cabano do Uaicurapá”, onde os artistas exaltam a resistência das mulheres amazônidas pelas lutas contemporâneas do povo cabano.
A Figura Típica Regional, reverenciou os Quilombolas da Amazônia. O público também se emocionou com o Ritual Indígena com a Iniciação Masculina Munduruku Marupiara, que marca a entrada dos futuros guerreiros.
Caprichoso
O Boi-Bumbá Caprichoso foi fundado em 1913, pelas mãos de famílias nordestinas, Cid e Gonzaga. A brincadeira que nasceu nos quintais das casas com versos de saudação e enaltecimento, nas vozes dos fundadores, logo se transformou em desafios fortes para o contrário.
O bumbá ganhou as ruas da cidade, incorporou as tradições locais. As pessoas passavam, mas o Caprichoso não, sendo recebido por um novo dono, uma nova família que, tradicionalmente, se tornava a guardiã do boi, responsável por organizar as saídas do boi nas ruas de Parintins.
A agremiação folclórica é responsável pelo projeto social Fundação Boi-Bumbá Caprichoso, denominado Escola de Artes Irmão Miguel de Pascalle, para crianças e adolescentes que exercitam e desenvolvem o potencial intelectual e artístico nas oficinas de artes, dando um retorno à comunidade e ao festival. Fundada em 1998, a escola já revelou mais de 5.500 artistas que podem ser vistos nos galpões, no conselho de arte, na dança, na música e em todos os segmentos.
ASSUNTOS: Amazonas