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Defensoria realiza 'Meu Pai tem Nome' para reconhecimento de paternidade no Amazonas

Por Portal Do Holanda

16/02/2022 14h27 — em
Amazonas


Ação busca reduzir o número de crianças que não têm o nome do pai no registro de nascimento / Foto: Divulgação

Manaus/AM - Uma ação intitulada “Meu Pai tem Nome” será promovida pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), no próximo dia 12 de março,  sexta-feira, oferecendo atendimentos em Manaus para promover o reconhecimento de filiação de crianças sem o nome do pai na certidão de nascimento.

A ação é uma iniciativa do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e acontece em todo País.

A meta da DPE-AM é realizar pelo menos 500 atendimentos gratuitos durante o mutirão que vai ocorrer no dia 12 de março, na sede da DPE-AM,  na Avenida André Araújo, 679, bairro Aleixo, Zona Centro-Sul.

Em Manaus, para participar da ação, é necessário confirmar previamente o agendamento, por meio do Disk 129, serviço telefônico de atendimento ao público da DPE-AM, que funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 14h.

O agendamento para o mutirão, que está aberto desde terça-feira (15), também pode ser feito de forma presencial em todos os Conselhos Tutelares de Manaus.

Em todo o país, o índice de crianças “sem pai” no registro de nascimento cresceu pelo quarto ano consecutivo, o que despertou a atenção das Defensorias Públicas de todo o país. Uma estimativa de quase 100 mil crianças nascidas em 2021 não tem a paternidade registrada, de acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

“A mãe que quer colocar o nome do pai na certidão do filho, ou o pai que quer reconhecer o filho voluntariamente, podem procurar a Defensoria”, orientou a defensora pública Hélvia Castro, coordenadora do projeto.

Nos casos de pais que têm dúvida sobre a paternidade e querem abrir um processo de investigação, a Defensoria pode encaminhar à Justiça um pedido de exame de DNA, dentre outras providências. “É um direito da criança, do adolescente, ter o nome do pai e da mãe na certidão de nascimento. É uma questão de dignidade humana”, reforça a defensora.

ATENDIMENTO FACILITADO


A ação terá a participação dos conselhos tutelares também vão atuar como pontos de atendimento e agendamento. “Aqui chegam com frequência pessoas atrás de informações sobre reconhecimento de paternidade. Tem caso onde o pai quer reconhecer voluntariamente, tem caso que não. Já tivemos até situação onde padrasto e pai biológico queriam reconhecer a mesma criança”, conta a conselheira tutelar Aná Campos, do Conselho Tutelar da Zona Sul-1.

No Brasil,  a ausência do reconhecimento de paternidade é um grave problema. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no Censo Escolar de 2011, indicam que mais de 5,5 milhões de crianças não têm, em seu registro de nascimento, o reconhecimento do vínculo paterno. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, o Brasil registrou um número de mais de 1 milhão de famílias formadas exclusivamente por mães, em um período de dez anos.

Em 2019, o índice de crianças apenas com o nome da mãe no registro civil cresceu de 5,5% para 5,9%. Em 2020, o índice subiu para 6% e, em 2021, a porcentagem está em 6,3%.

Já os atos de reconhecimento de paternidade chegam ao terceiro ano consecutivo em queda. Ao todo, foram contabilizados 13.297 reconhecimentos em 2021, uma baixa de 1,6% em relação ao mesmo período de 2020. Em 2019, foram 35.234 atos registrados, que caíram para 23.921 em 2020.

 

 

 


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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