Fiocruz esclarece sobre casos de vírus usados em postagens nas redes sociais
Um vírus relativamente comum, que geralmente provoca sintomas leves, como tosse, febre e congestão nasal, tem ganhado destaque em noticiários e postagens alarmistas na internet. Trata-se do metapneumovírus humano (HMPV).
Mesmo assim, as recomendações são as mesmas das feitas para Covid-19: Usar máscara de proteção facial, manter os ambientes bem ventilados, cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, higienizar as mãos frequentemente, evitar tocar nos olhos, nariz ou boca e orientar pessoas com sintomas ou com diagnóstico positivo a permanecer em casa, evitando propagar o vírus.
Com o início do inverno no hemisfério Norte, um aumento nos casos foi observado na China, especialmente entre crianças. Em resposta, as autoridades de saúde locais intensificaram campanhas de conscientização sobre medidas preventivas.
No entanto, relatos alarmistas nas redes sociais sugerem hospitais lotados e uma possível nova pandemia, elaborada à Covid-19. Especialistas desmentem essa hipótese e, de acordo com a pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o HMPV não é um vírus novo nem representa o mesmo risco que o SARS-CoV-2. “As infecções respiratórias aumentam no inverno, tanto no hemisfério Norte quanto no Sul. Isso é natural”, explica a virologista.
Segundo Marilda, o Brasil está preparado para detectar e monitorar o HMPV, graças a uma rede de laboratórios altamente capacitados. Estudos mostram que o vírus é estável, com baixa probabilidade de mutação ou de causar uma pandemia. No entanto, sua transmissão é elevada em ambientes com aglomeração, sendo mais frequente entre crianças pequenas, idosos e pessoas
Entre as principais características do HMPV estão a persistência à mesma família do vírus, pode causar sintomas leves, é transmissível durante o ano inteiro, mas com maior, pode causar doenças respiratórias em pessoas de todas as idades, especialmente entre crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
Além disso, o vírus pode ser transmitido durante todo o ano, mas a taxa de detecção é mais alta no inverno e na primavera. Os sintomas mais comuns incluem tosse, febre, congestão nasal e falta de ar. Os casos graves podem progredir para bronquite ou pneumonia. Uma pessoa pode ser infectada várias vezes ao longo da vida, assim como ocorre com o vírus da gripe e o período de incubação estimado é de 3 a 6 dias, e a duração média da doença pode variar dependendo da gravidade.
Embora não haja vacina ou tratamento específico para o HMPV, o foco está no intervalo dos sintomas, e medidas preventivas continuam sendo a melhor forma de evitar a propagação.
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