Homenagens a generais da ditadura estão com dias contados no Amazonas

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Manaus/AM - O Ministério Público Federal (MPF) recomendou mudanças em nomes de prédios, vias e logradouros públicos que homenageiem colaboradores da ditadura militar (1964-1985) no Amazonas. A iniciativa, formalizada nesta terça-feira (25) pelo procurador da República Igor Jordão Alves, também propõe a preservação da memória das vítimas das graves violações de direitos humanos ocorridas no período. Órgãos municipais, estaduais e militares têm prazos de até 240 dias para responder às demandas, que incluem levantamentos e alterações dos nomes.
Em Manaus, diversas ruas e edificações ainda carregam nomes de generais ligados ao golpe de 1964, como Castelo Branco, Costa e Silva e Médici. Segundo o MPF, apesar de ações anteriores que mudaram nomes de 16 ruas, há locais como "Presidente Figueiredo" e "31 de Março" que continuam a remeter ao regime militar. O pedido inclui investigações sobre os nomes e destinação de espaços públicos para preservar a memória das vítimas.
Além disso, o MPF solicitou ao Comando Militar da Amazônia que suspenda celebrações ao golpe de 1964 e divulgue dados sobre vítimas de violações de direitos humanos durante a ditadura. Relatórios sobre mortes, desaparecimentos e torturas no Amazonas também devem ser elaborados, ampliando o compromisso com a memória histórica e os direitos humanos.
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