Manaus/AM - O juiz federal Marllon Sousa negou a liberação de carro para a empresa PS Penalber Neto Comércio - São Jorge Comércio, que foi apreendido durante a operação Seronato, da Polícia Federal em Manaus. De acordo com o magistrado, da 2ª Vara Federal do Amazonas, existe a suspeita de o veículo ser do deputado federal Pablo Oliva (PSL), que poderia estar usando a empresa como ‘laranja’, de fachada, para cometer crimes como a prática de lavagem de dinheiro. 

Segundo o juiz, somente a instrução processual vai indicar se o deputado Pablo era realmente o proprietário do veículo. “Não se vislumbra a possibilidade de deferimento do pedido postulado nestes autos. Isso porque, somente a instrução processual poderá indicar se o investigado Pablo Oliva Souza era o proprietário de fato do veículo apreendido e usava a pessoa jurídica requerente como interposta pessoa (“laranja”) para escamotear a prática de outros ilícitos bem como o crime de lavagem de dinheiro”, trecho da decisão do juiz.

Esta decisão foi baseada no parecer do Ministério Público Federal que sustentou: “Neste momento da investigação, não se pode descartar que os bens apreendidos na posse de Pablo Oliva Souza estejam registrados em nome de terceiros (laranjas) na tentativa de ocultar o real proprietário dos bens, sendo esta uma estratégia comum dos lavadores de dinheiro para dar aparência de licitude e legalidade aos bens adquiridos com proventos de crimes”, sustentou o MPF.

“Neste momento da investigação, não se pode descartar que os bens apreendidos na posse de Pablo Oliva Souza estejam registrados em nome de terceiros (laranjas) na tentativa de ocultar o real proprietário dos bens, sendo esta uma estratégia comum dos lavadores de dinheiro para dar aparência de licitude e legalidade aos bens adquiridos com proventos de crimes”, trecho da decisão do juiz. 

A operação Seronato foi deflagrada pela Polícia Federal no último dia 15 deste mês, para investigação da práticas de crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e corrupção passiva, tendo como alvos o deputado Pablo Oliva; sua mãe, Edna Oliva; a empresa PS Penalber Neto e mais três suspeitos de envolvimento no esquema.  

Confira a decisão: