"Mataram por ser mulher", aponta irmã de Julieta Hernández em sessão na Aleam
Manaus/AM - A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizou nesta semana uma sessão especial, em prol da mobilização em defesa da artista venezuelana Julieta Hernández, assassinada no final do ano passado. Entidades e familiares buscam reclassificar o crime como feminicídio.
A programação do evento contou com uma Cessão de Tempo para a irmã de Julieta, Sophia Hernández. "Não mataram minha irmã por um celular, mataram por ser mulher, por percorrer só e valentemente estradas, para levar sua arte”, disse Sophia, afirmando ainda que “ela não teria morrido se fosse um homem”, destacando o crime de ódio contra a figura da mulher.
A secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Denise Motta, disse que Julieta carregava com ela o sonho de toda mulher: a liberdade. Liberdade que, segundo a secretária, lhe foi tirada em um crime com característica de feminicídio, ou seja, por sua condição de mulher.
O crime contra Julieta Hernández ocorreu em dezembro de 2023, quando ela viajava de bicicleta pelo Brasil em direção à sua terra natal, a Venezuela. Seu corpo foi encontrado em janeiro de 2024, em Presidente Figueiredo, com sinais de estupro, assassinato e queimaduras. Os culpados, Thiago Angles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos, admitiram a autoria do crime.
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