'Nenhuma folha cai sem a permissão de Deus', diz Cleusimar ao falar sobre morte de Djidja
Manaus/AM - Cleusimar Cardoso, mãe da ex-sinhazinha Djidja, falou pela primeira vez sobre a morte da filha e as acusações de que a família teria criado uma seita religiosa que fazia uso de cetamina.
Cleusimar afirma que a filha morreu em decorrência de uma depressão, o que contraria as investigações que apontam que a morte de Djidja foi causada por overdose, devido ao uso excessivo da droga consumida pela família.
"Eu não percebi que ela estava para morrer. Ela estava com depressão, foi vítima de relacionamentos amorosos que não deram certo na vida dela", disse Cleusimar ao jornalista Roberto Cabrini, que a questionou se ela poderia ter evitado a morte da filha.
"Nenhuma folha cai do céu sem a permissão de Deus", respondeu Cleusimar. Ela contou ainda que todos na família usavam a mesma quantidade de cetamina, reafirmando que a filha não morreu por overdose.
Ela negou a existência de uma seita e esclareceu que o grupo realizava meditações com o uso da droga, acreditando transcender para outra dimensão. "Eu sou livre para cultuar o que quiser no Brasil. Sempre estive dentro da minha casa fazendo reuniões", disse a mãe de Djidja.
Durante a entrevista, Cleusimar mencionou várias vezes que as "pessoas têm o livre-arbítrio". O jornalista também a questionou sobre as filmagens que ela fazia dos filhos após o uso excessivo da substância.
"Eu filmava eles para mostrar: Djidja, diminua isso, esse jeito como você fica não está certo. Você está caindo", respondeu a mulher. O jornalista também perguntou sobre o significado de "Pai, Mãe e Vida". "As cartas de Cristo", respondeu Cleusimar.
A mulher disse que se arrepende de não ter parado com os psicodélicos. "Era muito difícil parar naquele momento de depressão profunda", relembrou.
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