O presidente da Federação Amazonense de Futebol, Dissica Tomaz Valério, poderá ser substituido nas próximas horas por um interventor, caso prevaleça o parecer da procuradora Jussara Pordeus, que defende seja mantida decisão do juiz Everaldo da Silva Lira, que determinou que Alcebíades de Leiros Cavalcante  assuma  a administração da FAF. Dissica é inteventor dele mesmo, por medida tomada em 2008 pelo juiz  Ronnie Frank Torres.

Visando  se manter no cargo que ocupa há 20 anos, Dissica ingressou com agravo de instrumento para mudar a decisão do juiz Everaldo da Silva, que nomeia novo interventor com o objetivo de regularizar a Federação Amazonense de Futebol. A procuradora Jussara Pordeus reconheceu o recurso, mas no mérito opinou pelo improvimento, mantendo na integra o que foi decidido na Vara de Registros Públicos da Capital.

O caso está nas mãos do desembargador Domingos Jorge Chalub, da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas, que deverá se manifestar em breve. Se acompanhar o parecer do MP, Dissica deverá deixar a administração da FAF.

Denúncia do MP

O Ministério Público do Estado denunciou irregularidades na administração de Dissica Valério Tomaz em janeiro de 2009. A ação é da promotora Kátia Oliveira.

Em 15 de dezembro de 2010, o juiz Everaldo da Silva Lira  julgou procedentes as denúncias do MPE e expediu a sentença.

Em dezembro de 2008 a promotora já havia pedido o afastamento de Dissica, e a nomeação de um interventor para resolver os problemas. O juiz da Vara de Registro Público, Ronnie Frank Torres, aceitou a solicitação, mas nomeou o próprio presidente da FAF como administrador provisório. No processo foram apontadas irregularidades que ocorrem desde 1985.

A promotoria recorreu   em janeiro de 2009 e indicou o advogado Alcebíades Leiros Cavalcante  para o cargo de interventor. Na sentença, o juiz determina o prazo de dois meses para que o atual interventor regularize a FAF e realize novas eleições.