Manaus/AM - A polícia ouviu na manhã desta terça-feira (4), o personal trainer Hatus Silveira, suspeito de administrar Ketamina nos membros da família de Djidja Cardoso.

Mozarth Bessa, o advogado de Hatus falou com a imprensa e deu detalhes sobre os esclarecimentos prestados pelo cliente. Segundo ele, Hatus nunca fez uso ou administrou a substância na família, mas teve a droga aplicada nele por Djidja, sem sua autorização.

“Em momento algum ele fez aplicação de Ketamina, pelo contrário, em  uma das visitas para qual ele foi chamado, aplicaram Ketamina nele sem autorização enquanto ele conversava com alguns membros da família (...) Ele não sabia o que era, enquanto ele conversava, a falecida (Djidja), veio por trás e utilizando uma agulha de insulina fez a aplicação no braço dele”.

Ele diz que o personal foi chamado por Ademar, irmão de Djidja para cuidar das condições físicas deles e da mãe Cleusimar Cardoso. Contudo, após ser drogado, em janeiro, ele não voltou mais ao local.

Antes disso, ele chegou a ir três vezes à residência da família. Em um dos trechos do depoimento, ele relata que tomou um susto ao ver as condições em que a cunhada de Djidja, que tinha sido tirada de um hospital, estava.

“Em outro encontro, uma das familiares que estava na residência (a companheira de Ademar), estava bem debilitada e foi solicitado o auxílio dele em uma possível recuperação corporal, depois que ela foi tirada do hospital. O Hatus se surpreendeu quando viu a pessoa naquele estado, de fralda, com a aparência cadavérica, como ele falou”. 

Mozart afirmou que na época, Hatus chegou a sentir uma “leseira”, mas não sabia ao certo o que teria sido injetado nele. O personal só teria descoberto que se tratava de Ketamina quando o caso veio à tona após a morte da ex-sinhazinha e a descoberta da seita.

 ““Eu questionei ele: Foi você que iniciou, ensinou como fazer a aplicação de algum tipo de anabolizante, seja Ketamina ou qualquer outro tipo? Ele disse ‘não, não fiz’, diz o advogado.

Sobre não ter denunciado a família antes, o personal afirma que quis evitar exposição. “Ele não denunciou antes porque para denunciar, você se expõe muito e o Hatus preferiu se preservar, mas ele é vítima”. 

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