Psiquiatra responsável por avaliar homem que esfaqueou Bolsonaro vai defender família de Djidja
O médico psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro, conhecido por ter realizado o laudo psiquiátrico de Adélio Bispo, autor da facada no ex-presidente Jair Bolsonaro, foi contratado para defender Ademar Cardoso e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe de Djidja Cardoso, respectivamente.
Djidja foi encontrada morta no dia 28 de maio, e seus familiares estão presos desde o dia 30, sob suspeita de comandarem uma seita religiosa que induzia clientes e funcionários do salão de beleza da vítima ao uso recreativo de drogas e praticava crimes como cárcere privado, estupro de vulnerável e aborto.
A contratação do psiquiatra foi divulgada nesta quinta-feira (6) pela assessoria de Vilson Benayon, advogado da família. Benayon também defende Verônica Seixas, gerente do salão de Djidja.
Internação solicitada
O advogado solicitou à Justiça do Amazonas a internação de Cleusimar Cardos e Ademar Farias Cardoso Neto, alegando que ambos são "extremamente dependentes químicos" e apresentaram crise de abstinência na cadeia.
Benayon argumenta que a prisão preventiva dos familiares de Djidja viola seus direitos, pois não há tratamento adequado para dependentes químicos no complexo prisional. "Considerando que eles estão presos dentro do complexo prisional sem qualquer tipo de tratamento adequado conforme determina a lei, se fez necessária a nomeação urgente do especialista", afirmou.
Sobre o psiquiatra
Hewdy Lobo Ribeiro é diretor da empresa Vida Mental Perícias, que atua há 20 anos auxiliando advogados a esclarecerem questões complexas sobre doenças mentais, dependências químicas e espectro autista em correlações com as leis penais, cíveis, trabalhistas e previdenciárias.
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