Manaus/AM - Durante a 315ª reunião ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), nesta quarta-feira (3), o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, se manifestou sobre a pretensão das empresas de navegação em cobrar US$ 5 mil de "taxa de pouca água" (Water Surcharge - LWS) por contêiner. 

Segundo Serafim, foram recebidas várias reclamações do empresariado do Amazonas, como Fieam, Cieam, CDL e Federação do Comércio, e de outros empresários. "É previsto para a próxima sexta-feira (5) a abertura dos envelopes da dragagem dos dois pontos críticos que são a enseada do Madeira e a costa do Tabocal. Para surpresa de todos, antes de ontem a operadora de navegação MSC distribuiu o comunicado de que cobrará uma taxa de "pouca água" de 5 mil dólares por contêiner a partir do dia primeiro de agosto. E hoje a Maersk fez a mesma coisa só que cobrando 5.900 dólares por contêiner.", disse. 

O secretário citou a estiagem severa que atingiu o estado em 2023, período em que a taxa cobrada subiu de US$ 2.100 para, respectivamente, US$ 5 mil e US$ 5.900. "É preciso registrar que, além disso, antes fretes que eram de 3.500 dólares passaram para 11.500 dólares e agora com mais 5, o frete por contêiner fica 16.500 dólares. Ora, um contêiner, em média o custo da mercadoria são 45.000 dólares. E 16.500 dólares de frete equivale em torno de 40%, o que é um absurdo. Isso derruba todos os incentivos fiscais da zona franca de Manaus. As operadoras de navegação estão se aproveitando de um momento que ainda nem aconteceu para ganhar dinheiro e isso nós temos que repudiar.", detalhou. 

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, afirmou que levará o caso imediatamente para o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin."O custo elevado do frete retira qualquer competitividade possível para Zona Franca", disse.