SSP-AM diz que Amom Mandel estava 'intransigente' em abordagem e que escândalo é cortina de fumaça
Manaus/AM - Durante coletiva de imprensa, neste sábado (6), o secretário de segurança Coronel Vinícius Almeida, o comandante do CPE, coronel Peter Santos, e o subcomandante geral da Polícia Militar, Thiago Balbi, deram detalhes sobre a abordagem feita ao carro do deputado federal Amom Mandel Lins Filho, ocorrida na quinta-feira (4), na zona leste de Manaus.
Segundo o secretário, a abordagem aconteceu durante a Operação Impacto, ocorrida nas áreas do Novo Aleixo e Jorge Teixeira, onde vários veículos foram abordados e apreendidos. Em determinado momento da ação, o Coronel Vinícius explicou que recebeu a ligação de Amom, durante atendimento à imprensa que iniciou por volta de 21h40.
"Começamos a atender a imprensa e logo que encerrou a coletiva a gente continuou atendendo várias redes de comunicação. Naquele momento eu recebo uma ligação do deputado Federal Amom, por volta das 22h, me informando que acabara de prender em flagrante uma guarnição da Rocam, e me pedindo apoio para que visse o que poderia ser feito para que essa guarnição fosse conduzida e flagranteada", disse o secretário.
Segundo Vinicius Almeida, devido a demanda no local, solicitou que o coronel Peter fosse averiguar a situação. "O tenente coronel Peter foi ao local da ocorrência e um tempo depois, cerca de 15 minutos, o coronel Thiago Balbi me procura e fala 'olha nós temos algo grave que tá acontecendo, o tenente coronel Peter também recebeu voz de prisão'", detalhou.
O comandante do CPE, Peter Santos, explicou que se apresentou ao deputado e perguntou o que havia acontecido. "Ele [Amom] relatou a mim que teria dado voz de prisão ao comandante da equipe da Rocam. Diante do fato eu falei que o procedimento correto seria ir à Corregedoria para a apuração e uma possível homologação de algum procedimento. Ele discordou e disse que diante da discordância se eu não o obedecesse também seria dado voz de prisão a mim", detalhou.
Conforme o secretário de segurança, após receber a segunda ligação de Amom, ele foi até o local. Segundo ele, o "deputado estava intransigente em conduzir uma ocorrência que deveria ir para a Corregedoria da polícia", disse, acrescentando que o caso foi levado para o 14º DIP, onde um inquérito policial foi aberto.
Na delegacia, a autoridade policial decidiu que não cabia flagrante."A partir daí a gente começa a ver diversas postagens do deputado, lógico em virtude da repercussão do caso, é inusitado ver um deputado dar uma voz de prisão para uma guarnição que está cumprindo o seu dever. E uma forma de criar uma cortina de fumaça, a gente está vendo nas últimas 24 horas diversas narrativas surgirem a respeito do fato. Uma delas, a mais recente, é que teria sido feita uma abordagem em virtude de uma denúncia realizada", esclareceu.
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