Tucumã é foco de doenças em Manaus
Apesar de nutritivo, o tucumã descascado e fatiado, colocado em pão nas lanchoentes de Manaus carrega uma dose de bactérias que pode matar. A forma como o fruto é manipulado o transforma em um foco de doenças. Além dos pequenos insetos, a contaminação ocorre diretamente pelas mãos. Apesar do alto risco que representa o seu consumo nos "cafés da manhã" espalhados pela cidade, a fiscalização não existe.
Os descascadores do fruto estão por todos os lados - nos bairros do Parque 10 e União, por exemplo, Avenida Eduardo Ribeiro, área do mercado Adolpho Lisboa, na Manaus Moderna. E não enfrentam problemas com a vigilância sanitária.
A polpa de tucumã manipulado é comercializada a razão de R$ 25 o quilo.
Uma "máquina" de descascar tucumã
Na área comercial do Parque 10 existem vários vendedores de tucumã. Um deles é o comerciante Nilson de Sousa, que passa o dia descascando sacas e mais sacas do fruto na Rua do Comércio, com as mãos sujas e descobertas.
Tranquilo, Nilson pega em dinheiro, dá o troco para o cliente e depois volta a colocar a mão na massa. Quando chega um novo cliente, ele tira o fone do ouvido e guarda em cima da suculenta polpa.
E como não existe torneira por perto, o jeito é limpar as mãos com um pedaço de flanela encontrado no canto da mesa para atender o próximo cliente.
Produção de três sacas por dia
Numa casa pequena, localizada na Rua Conde de Anadis, do conjunto Jardim Amazonas, um jovem e duas mulheres são pagos por um empresário para descascar três sacas de tucumã, diariamente. Num lugar improvisado, Maria Zuleide, 41, senta num banquinho e na companhia de Ana Cláudia e Jorge só para quando as sacas estão vazias.
Os três empregados recebem R$ 10 por cada saca de tucumã descascado. O produto é entregue no final da tarde e distribuído em seguida nos pontos comerciais de Manaus pelo empresário de polpas de nome Augusto .
NULL
ASSUNTOS: bbb yuri, Amazonas