Márcio Gaiote, um dos amigos do estudante Bruno Borges, o “menino do Acre”, desaparecido desde o dia 27 de março, foi indiciado nesta quinta-feira (8), por furto e por falso testemunho, após não aparecer na delegacia para depor.

Segundo o delegado, Alcino Júnior, o rapaz foi intimado há mais de oito dias para depor, porém não apareceu na delegacia. No último dia 31 de maio, a polícia divulgou que quando Bruno sumiu, ele deixou em seu quarto apenas uma estátuas de 2m, as mensagens na parede e 14 livros criptografados. Porém, a mãe do desaparecido, Denise Borges, encontrou todos os móveis do quarto do filho na casa de Gaiote.

No imóvel também foram apreendidos dois contratos, um deles autenticado no mesmo dia em que o estudante sumiu, dando a Márcio, Marcelo Ferreira e Eduardo Velloso, primo de Borges, um percentual da venda dos livros:

 “O Márcio e o Marcelo foram ouvidos inicialmente e omitiram a questão dos móveis e que tinham estado com o Bruno na manhã do desparecimento e que registraram contratos, onde tinham direito a divisão de lucros da divulgação e publicação das obras. Dia 27 pela manhã estiveram no cartório os três e tudo isso eles omitiram durante interrogatório”.

Ferreira também foi indiciado por furto e falso testemunho.

O delegado afirma ainda que os dois indiciados, esconderam informações importantes sobre o caso em seus primeiros depoimentos, fato que reforçou as acusações.